"Além dos pactos que ela já encaminhou para a sociedade para melhorar a saúde, educação e, principalmente, transporte das cidades, ela quer agora ouvir a população", disse Falcão (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 18h00.
Brasília - O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), fez nesta quarta-feira um apelo à militância do partido para dê "toda a força" ao plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff sobre a reforma política. Dilma enviou nesta terça-feira, 2, ao Congresso mensagem com cinco temas propostos para a consulta pública.
São eles: financiamento público de campanha; sistema eleitoral (proporcional, distrital puro ou misto; voto majoritário para a eleição de parlamentares e voto em lista fechada ou flexível); fim dos suplentes de senadores; manutenção de coligações partidárias para a eleição de deputados e vereadores, e fim ou não do voto secreto no parlamento.
"Quero conclamar toda a nossa militância a apoiar o plebiscito proposto pela presidente da República", afirmou Falcão.
A convocação dos petistas foi feita por meio de um vídeo divulgado nesta quarta-feira na página da legenda na internet.
"Além dos pactos que ela já encaminhou para a sociedade para melhorar a saúde, educação e, principalmente, transporte das cidades, ela quer agora ouvir a população. Sensível à chamada voz das ruas, ela escutou as demandas que vinham da população e agora ela sugere o Congresso Nacional que ouça o povo na rua e a maneira de ouvir as pessoas nas ruas é fazer o plebiscito da reforma política", disse.
No vídeo, ele também afirmou que a bancada apoia por unanimidade a proposta. De acordo com o que apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apesar das declarações em público, não há consenso dentro da bancada sobre os itens propostos por Dilma.
A insatisfação por parte dos deputados foi exposta nesta quarta em reunião da bancada que durou mais de 3 horas.
Entre os itens questionados, está a eliminação da suplência dos senadores e o fim do voto secreto, temas que consideram da alçada "exclusiva" dos parlamentares. Além de uma divisão dentro da sigla, aliados como PMDB, PSB, PP também se posicionaram contra a proposta da presidente.