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PSOL vai denunciar desembargadora por pedir morte de Jean Wyllys

Marilia Castro Neves já tinha associado, sem qualquer prova ou evidência, a vereadora assassinada Marielle Franco ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro

Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 20 de março de 2018 às 11h02.

São Paulo - O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Rio de Janeiro denunciou novamente a desembargadora Marilia Castro Neves, desta vez por comentários nos quais ela pede o fuzilamento do deputado federal Jean Wyllys.

Na semana passada, Marilia tinha comentado a publicação de um colega associando a vereadora assassinada Marielle Franco ao Comando Vermelho, sem apresentar nenhuma prova ou evidência.

Na ocasião, o PSOL entrou com uma representação contra ela no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  A desembargadora se manifestou, assumindo ter se precipitado, mas sem se mostrar arrependida.

Dessa vez, foi recuperado um comentário dela em outra publicação, de dois anos atrás, no qual ela diz que é "a favor de um "paredão" profilático para determinados entes... O Jean Willis [sic] por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão..."

Em nota, o PSOL afirmou que “se a difamação contra Marielle já seria motivo suficiente para exigir o imediato afastamento do cargo desta funcionária pública, a comissão do crime de incitação ao homicídio é um fato ainda mais grave”.

O partido ainda disse que vai denunciá-la novamente e exigir que ela seja "responsabilizada pelos seus crimes".

Veja a íntegra da nota:

Inaceitável: Desembargadora que caluniou Marielle Franco pede o fuzilamento de Jean Wyllys

A Executiva Estadual do PSOL do Rio de Janeiro vem a público anunciar que apresentará uma nova denúncia contra a desembargadora Marília Castro Neves, por incitação ao crime de homicídio.

Esta desembargadora, a mesma que publicou calúnias criminosas contra a vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada a sangue frio na última quarta-feira, também pediu um “paredão” para matar o deputado federal Jean Wyllys.

“Eu, particularmente, sou a favor de um paredão profilático para determinados entes… O Jean Willis (sic), por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão…”, escreveu Castro Neves na rede social em 29 de dezembro de 2015.

A mensagem criminosa foi descoberta recentemente com motivo nas últimas declarações da desembargadora, quem publicou mentiras contra nossa companheira Marielle Franco, a quem acusou de envolvimento com o Comando Vermelho e de ter sido casada com um traficante, entre outras calúnias.

Se a difamação contra Marielle já seria motivo suficiente para exigir o imediato afastamento do cargo desta funcionária pública, a comissão do crime de incitação ao homicídio é um fato ainda mais grave.

O PSOL não vai cessar em suas denúncias até que a desembargadora seja responsabilizada por seus crimes. Castro Neves não pode permanecer um minuto mais como desembargadora!

Partido Socialismo e Liberdade

Executiva Estadual do Rio de Janeiro

 

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