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PSOL fica neutro, mas desaconselha voto em Aécio Neves

Mesmo sem declarar apoio à Dilma Rousseff, o partido vai recomendar aos militantes que não votem no candidato do PSDB, Aécio Neves


	Luciana Genro: candidata do PSOL teve 1,6 milhão de votos no primeiro turno
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Luciana Genro: candidata do PSOL teve 1,6 milhão de votos no primeiro turno (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 16h19.

São Paulo - Por maioria absoluta de votos [15 a 2], a Executiva do PSOL decidiu liberar seus filiados e não apoiar qualquer candidatura no segundo turno das eleições presidenciais.

Mesmo sem declarar apoio à candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, o partido vai recomendar aos militantes que não votem no candidato do PSDB, Aécio Neves. "Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura", diz documento do PSOL sobre o tucano.

“O partido não está se posicionando em favor de nenhuma candidatura, mas é contra a de Aécio”, afirmou Luciana Genro, que disputou a Presidência da República pelo PSOL e ficou em quarto lugar, com mais de 1,6 milhão de votos.

Em entrevista na tarde de hoje (8), Luciana disse que não é uma posição totalmente neutra, porque, embora não se alinhe a qualquer dessas opções, nega o voto em Aécio.

A ex-deputada gaúcha acrescentou que, em respeito à posição do partido, não vai declarar de que forma pretende votar no segundo turno: se em Dilma, branco ou nulo.

Segundo Luciana, os militantes e eleitores do PSOL deverão votar nulo ou em Dilma, mas o partido não se manifestará. "Isso será decisão de cada um."

Para ela, o PSOL não tem nada em comum com Aécio Neves, "que representa um retrocesso". Por isso, considera a neutralidade necessária.

Segundo o presidente do partido, Luiz Araújo, o PT não fez contato com o PSOL para pedir ou negociar apoio para o segundo turno. “Faz tempo que não conversamos com o PT”, disse Araújo, na entrevista.

De acordo com Luciana Genro, o PSOL pretende continuar continuar na oposição aos dois partidos e não pretende abrir negociação com o PT.

Sobre a possibilidade de voltar a disputar a Presidência da República, em 2018, a ex-deputada disse que está à disposição do partido para qualquer missão.

"Vou continuar a minha atividade política e, se for chamada em 2018 para ser candidata à Presidência, assumirei essa tarefa com muita alegria”, afirmou.

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