PSL: o partido enfrenta uma crise interna que se agravou nesta semana (Wilson Dias/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 18 de outubro de 2019 às 13h43.
Última atualização em 18 de outubro de 2019 às 14h53.
Brasília — A Executiva Nacional do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, suspendeu cinco parlamentares da legenda com efeito imediato, disseram nesta sexta-feira os líderes da sigla na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), e no Senado, Major Olimpio (SP), alegando que os parlamentares atacaram o partido e seu presidente.
Tiveram suas funções partidárias suspensas as deputadas Carla Zambelli (SP) e Alê Silva (MG), e os deputados Filipe Barros (PR), Carlos Jordy (RJ) e Bibo Nunes (RJ).
A suspensão implica, por exemplo, que os cinco deputados não poderão assinar listas partidárias, como as feitas nos últimos dias para tentar destituir Waldir da liderança da legenda da Câmara e colocar em seu lugar o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente da República.
A medida acontece em meio ao conflito aberto na legenda entre o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE), e Bolsonaro.
A disputa gerou um racha na bancada parlamentar da sigla com a guerra de listas entre bolsonaristas -- que buscavam colocar Eduardo na liderança — e bivaristas — que tentaram, econseguiram, manter Waldir no posto.
Waldir disse a jornalistas, após anunciar ao lado de Olimpio as suspensões, que a divisão interna na legenda se deve à conduta de Bolsonaro de buscar os cofres do partido.
Olimpio, por sua vez, disse que um gesto de reaproximação com o PSL precisa partir de Bolsonaro e que Bivar não irá procurar o presidente da República para abrir um diálogo sobre a guerra dentro da legenda.
O senador disse que a Executiva do partido se reunirá com Bivar na segunda-feira, e na terça-feira deve anunciar mudanças em Executivas estaduais e na Executiva Nacional.