Alckmin e Temer: o governador defendeu a necessidade de reformar a Previdência (Beth Santos/Secretaria Geral da PR/Divulgação)
Reuters
Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 18h13.
O PSDB reafirmou nesta quarta-feira o fechamento de questão a favor da reforma da Previdência sem, no entanto, prever punições a parlamentares da legenda que votarem contra a proposta que tem votação marcada para depois do Carnaval, no dia 20 de fevereiro, informou a legenda.
Em reunião da Executiva do partido em Brasília, a direção tucana reiterou a posição adotada em dezembro, a favor do fechamento de questão, mas o presidente do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a afirmar que não haverá punição a eventuais dissidentes entre os 46 deputados federais da sigla.
De acordo com nota publicada no site do partido, Alckmin, que é pré-candidato à Presidência na eleição de outubro, defendeu a necessidade de reformar a Previdência e fez a avaliação de que o descontrole fiscal gerado pelo déficit previdenciário provoca desemprego e perda de renda.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa de 308 votos favoráveis entre os 513 deputados em dois turnos de votação para ser aprovada na Câmara.
Posteriormente a medida precisa ser analisada pelo Senado, onde precisa de 49 votos favoráveis entre os 81 senadores também em dois turnos. O PSDB tem 11 senadores.
Lideranças da base aliada ao presidente Michel Temer têm reconhecido que ainda não conseguiram os votos necessários para aprovar a matéria na Câmara.
Embora tenha defendido a manutenção do dia 20 como data de votação da PEC, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem afirmado que não pautará a matéria caso não existam os votos necessários para aprová-la.