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PSDB quer vetar ciclovia de Haddad na Avenida Paulista

O Condephaat, órgão estadual vinculado à gestão de Alckmin, divulgou nota informando que a implantação depende de seu aval


	Haddad: a gestão Haddad divulgou anteontem a versão final de seu projeto para a ciclovia
 (Valter Campanato/ABr)

Haddad: a gestão Haddad divulgou anteontem a versão final de seu projeto para a ciclovia (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 09h50.

São Paulo - O PSDB quer barrar o atual projeto de instalação da ciclovia da Avenida Paulista. Dois pesos pesados do partido atacaram nesta quarta-feira, 10, o plano do prefeito Fernando Haddad (PT): o vereador Andrea Matarazzo e o senador Aloysio Nunes Ferreira. Pelo Twitter, o senador chamou a decisão de Haddad de fazer 400 quilômetros de ciclovias até 2015 de "delírio autoritário".

No fim da tarde, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão estadual vinculado à gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), divulgou nota informando que a implantação da ciclovia na Avenida Paulista pretendida por Haddad depende de seu aval.

O órgão técnico afirmou que a faixa passará em área próxima ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), que é tombado. Por isso, qualquer intervenção em uma área de 300 metros a partir do Masp deve ser submetida ao conselho.

Ainda segundo a nota, o Condephaat "tem como prática analisar com prioridade os projetos de interesse público" que nenhuma proposta de intervenção sofrerá atraso por estar inserido em área de bem tombado.

Na terça, em encontro de representantes dos órgãos municipal e do estadual de proteção ao patrimônio, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp) e o Condephaat, ficara decidido que a ciclovia não seria submetida a uma reunião ordinária do Conpresp.

Segundo o Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura, quando uma obra não interfere nos aspectos históricos do elemento tombado, não se faz necessário submetê-la à aprovação no Conpresp.

"Portanto, a ciclovia da Paulista já tem a nossa anuência", afirma a arquiteta Nádia Somekh, diretora do departamento e presidente do Conpresp.

Após o aval do órgão, a gestão Haddad divulgou anteontem a versão final de seu projeto para a ciclovia. Ao custo de R$ 15 milhões, ela será feita no canteiro central da Paulista.

Câmara

Na Câmara Municipal, em reunião da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) pediu que as Secretarias de Planejamento e de Transportes apresentem os projetos de criação de ciclofaixas.

O tucano disse não ser contra as faixas reservadas, mas criticou a forma como elas vêm sendo implantadas na cidade.

Para ele, há falta de projetos e de planejamento. "É preciso estudo técnico para que ela seja criada. Não pode ser essa panaceia, em que se faz de tudo para os ciclistas e se esquece dos carros."

O vereador critica o uso do canteiro central da Paulista, considerado "essencial para a segurança de pedestres e motoristas". COlaboraram Edison Veiga, Pedro Venceslau e Ricardo Chapola.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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