Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR): Costa teria declarado que a petista recebeu R$ 1 milhão para sua campanha em 2010 (Pedro França/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 18h12.
Brasília - O PSDB apresentou nesta terça-feira requerimentos para convidar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e a mulher dele, a ex-ministra da Casa Civil e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), para depor na CPI mista da Petrobras.
Os pedidos têm como base reportagem de domingo do jornal O Estado de S. Paulo em que é relatado que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa declarou, em depoimentos que têm prestado na delação premiada, ter repassado R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi ao Senado em 2010.
Segundo a reportagem, o pedido para Costa ajudar na campanha teria sido formulado pelo doleiro Alberto Youssef.
"Em seu depoimento, Paulo Roberto Costa fez menção ao fato de que, no ano de 2010, Paulo Bernardo, que é marido de Gleisi Hoffmann, ocupava o cargo de ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", justificou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que também é coordenador jurídico da campanha presidencial de Aécio Neves, nos dois requerimentos.
Os convites têm de ser aprovados em uma sessão administrativa da CPI.
Em menor número na comissão, os oposicionistas pressionam os integrantes da base aliada para transformar em sessão administrativa a reunião da CPI marcada para amanhã (22), que vai ouvir o atual diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza.
Para garantir a mudança da sessão da CPI em votação é preciso que, ao menos, 17 parlamentares marquem presença na reunião. Sem a presença dos integrantes da base, contudo, a oposição sozinha não consegue tal quorum mínimo.
Por se tratar de convite, mesmo se for aprovado, o convidado, como é o caso de Paulo Bernardo e Gleisi, pode declinar da presença na CPI. Em caso de convocação, a pessoa ou autoridade tem a obrigação de comparecer.