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PSDB pede investigação sobre empresas ligadas à Delta

O Sistema do Controle de Atividades Financeiras (Siaf) identificou movimentações atípicas dessas empresas


	O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que o governo impediu a investigação das 29 empresas que funcionam como "braços financeiros" da empreiteira
 (José Cruz/ABr)

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que o governo impediu a investigação das 29 empresas que funcionam como "braços financeiros" da empreiteira (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 11h38.

Brasília - Deputados e senadores tucanos integrantes da CPI do Cachoeira protocolam na Procuradoria-Geral da República na manhã desta quarta-feira um relatório de 460 páginas com o cruzamento de dados de empresas de fachada ligadas à Construtora Delta.

Eles querem investigação sobre essas empresas, já que não ocorreu na CPI do Cachoeira. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), informa que o governo impediu a investigação das 29 empresas que funcionam como "braços financeiros" da empreiteira, a ponto de brecar até mesmo os pedidos de abertura das contas de cada uma delas.

"O essencial não foi investigado pela CPI, a corrupção se estende aos governos federal, estadual e municipal", afirma Dias. Ele lembrou que o Sistema do Controle de Atividades Financeiras (Siaf) identificou movimentações atípicas dessas empresas. "Quer dizer que elas nada produzem, mas recebem e repassam altas somas de dinheiro", disse o senador.

O deputado Carlos Sampaio (SP) falou sobre a expectativa do partido quanto à iniciativa do Ministério Público Federal de instaurar inquérito "para apurar aquilo que deixou de ser apurado". "É preciso saber mais sobre o envolvimento dessas laranjas, braços financeiros da organização criminosa, mas infelizmente a CPI foi interrompida pelo governo, impedido o avanço da investigação", defendeu.

O líder Alvaro Dias lembrou que a CPI foi criada atendendo à orientação do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, interessado em atingir o governador de Goiás, Marconi Perillo. "Mas o que se constatou foi muito mais, expondo órgãos públicos, o governo da presidente Dilma Rousseff e gestores estaduais e municipais", reiterou.

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