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PSDB critica criação de 39º ministério, mas poupa Afif

Apesar de discordarem da criação de mais um ministério, que afirmam servir para acomodar aliados, senadores tucanos evitaram ataques ao titular da pasta


	"Não tenho o que dizer. Eu respeito o Afif como homem público que é. Mas o nosso quadro permite essas contradições todas", disse Aécio
 (Veja)

"Não tenho o que dizer. Eu respeito o Afif como homem público que é. Mas o nosso quadro permite essas contradições todas", disse Aécio (Veja)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 20h46.

Brasília - A situação híbrida de Guilherme Afif, integrante do governo tucano em São Paulo e novo ministro do governo Dilma, neutralizou as críticas do PSDB ao vice-governador paulista.

Apesar de discordarem da criação de mais um ministério, que afirmam servir para acomodar aliados, senadores tucanos evitaram ataques ao titular da recém-criada Secretaria das Micro e Pequenas Empresas.

Para o senador Aloysio Nunes (SP), um ministério desse tamanho é uma "loucura, uma irresponsabilidade, uma burrice". "Felizmente, apesar de discordar da criação do ministério, a presidente escolheu alguém que não é louco, é lúcido, não é burro, é inteligente, um homem profundamente responsável.

Embora partidário da ideia de que a secretaria das Micro e Pequenas Empresas foi criada para alojar aliados, Nunes defendeu uma aproximação do PSD de São Paulo com o PSDB nas eleições estaduais do ano que vem.

Nunes elogiou o desempenho de Afif como vice-governador e chamou a repercussão em torno da indicação dele para o novo ministério de "um falso problema". "O vice-governador não está ligado umbilicalmente ao governador. Podem, embora eleitos na mesma chapa, o processo político pode levar a separação deles, cada um seguir o seu caminho."

"Cooptação"

O presidenciável Aécio Neves (MG) disse não ter opinião formada sobre a necessidade de Guilherme Afif se afastar do cargo de vice-governador para assumir o ministério. "Não tenho o que dizer. Eu respeito o Afif como homem público que é. Mas o nosso quadro permite essas contradições todas." Ele criticou a presidente Dilma Rousseff, a quem acusou de executar um "governismo de cooptação".

"Essa é a lógica que orienta o governo, a ação de buscar, com cargos, ampliar cada vez mais sua base. Uma pessoa como o Afif deveria estar no governo, com as qualidades que tem, desde o começo, não agora, no final, para ajudar a trazer mais partidos para a base."


O senador Álvaro Dias (PR) foi mais incisivo na crítica, destacando que "aceitar a função no governo é assimilar esse modelo de balcão de negócios como correto". Segundo o tucano, Afif deveria se afastar da vice-governadoria para assumir o ministério.

"Errado está a presidente, ao criar mais um cabide de emprego, uma estrutura desnecessária, e errado também está o Afif, uma pessoa que eu prezo, mas que cometeu, eu acho, um ato falho ao aceitar essa oportunista missão do governo."

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