Presidente Dilma Rousseff (PT) cumpre agenda de campanha em Florianópolis nesta sexta-feira (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 17h47.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, afirmou nesta sexta-feira que defende o crescimento de todos os setores sociais e econômicos, destacou ter orgulho de fazer parte de um projeto que tirou 36 milhões de pessoas da miséria e criticou duramente os tempos do PSDB no comando do país.
"Diante da urna vamos cotejar quem deu o que para o Brasil", disse Dilma, que disputa o segundo turno com o candidato do PSDB, Aécio Neves.
"Nós não estamos aqui comparando abstrações, não estamos aqui comparando sonhos. Estamos aqui comparando o que de concreto ocorreu no Brasil", disse.
"O PSDB cria o desemprego porque acha que precisa fazer ajustes, reduzindo empregos e salários. Eu crio empregos e melhoro salários", acrescentou a presidente durante campanha em Florianópolis.
"Criando empregos e melhorando salários, a gente abre a possibilidade de todos crescerem. No meu governo, todas as classes sociais melhoraram."
A presidente explorou o fato de Aécio ter indicado Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, para o Ministério da Fazenda caso seja eleito.
Segundo Dilma, Armínio encerrou sua gestão com as "maiores taxas de juros da história".
"Ninguém conseguia comprar a prazo", disse a presidente.
Para ela, os governos do PT construíram "um outro Brasil", mas há muito a fazer.
"Esse outro Brasil ainda tem muito a percorrer, tem imenso espaço a desenvolver", disse.
Na Região Sul do país, a presidente está bem atrás de Aécio, segundo o Datafolha. Lá a petista tem 34 por cento das intenções de voto contra 53 por cento do tucano. Em todo o país, os dois estão em empate técnico, com vantagem numérica para o tucano: 45 a 43 por cento.
Boa Briga
A presidente voltou a dizer que a administração do PSDB "quebrou o país três vezes" e incitou seus eleitores a demonstrarem nas urnas que o Brasil não quer mais "ficar de joelhos" diante do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Dilma também dirigiu ataques aos adversários afirmando que eles não tomaram medidas necessárias quando eram governo.
"Eles, quando puderam, não fizeram e hoje com a cara mais limpa dizem 'ah eu vou fazer o Bolsa Família'", afirmou a petista durante caminhada em Curitiba.
Dilma aproveitou para criticar declarações de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central na gestão de Fernando Henrique Cardoso que foi anunciado por Aécio como seu ministro da Fazenda se for eleito, sobre o papel dos bancos públicos.
Programa eleitoral da petista na televisão já exibiu áudio de Fraga em que defende que os bancos públicos sejam administrados com "padrões muito mais rígidos" e diz não saber o que "vai sobrar no final da linha, talvez não muito".
"Hoje e durante a crise, se não tivesse o BNDES, a Caixa (Econômica Federal), se não tivesse o Banco do Brasil, a agricultura não ia ter dinheiro, a infraestrutura não ia ter dinheiro, o Minha Casa, Minha Vida não teria os recursos necessários", disse a presidente.
Antes de pedir aos militantes que conversem com amigos, vizinhos e familiares sobre sua candidatura, Dilma disse ainda que não é da "guerra".
"Nós não somos da briga. Mas quando nos desafiam, a gente encara uma boa briga."