O senador afastado Aécio Neves: eventual rompimento do PSDB com o governo pode afetar futuro político do mineiro (Ueslei Marcelino/REUTERS/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de junho de 2017 às 09h06.
Última atualização em 12 de junho de 2017 às 12h39.
São Paulo e Brasília - Mesmo se o governo Michel Temer sobreviver às denúncias, o que está em jogo agora, dizem os dirigentes tucanos, é o futuro do partido e seu papel em 2018.
A avaliação recorrente é de que o PSDB já perdeu o protagonismo do desembarque e ainda queimou a largada ao prospectar a eventual candidatura de Tasso Jereissati (CE) em caso de eleição indireta.
Se desembarcar agora, o PSDB vai sozinho. Ou, como disse um cacique, "seríamos mais um PPS da vida", em alusão ao desembarque do partido do ex-ministro da Cultura Roberto Freire.
Com o mantra da "cautela" os quatro ministros do PSDB, a maioria dos senadores e governadores, liderados por Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso, o senador afastado Aécio Neves (MG) e o presidente interino, Tasso Jereissati, defendem a permanência.
Os grupos de Alckmin e de Aécio atuam nos bastidores para evitar a saída. A avaliação de aecistas é de que o rompimento com o governo Temer pode prejudicar o mineiro. O pensamento é de que, caso o PSDB desembarque, o PMDB atuará para que o tucano seja cassado.
"Não consta que as bases estão se manifestando. Na bancada da Câmara são 47 deputados federais. Esse grupo defende majoritariamente que o partido continue apoiando o governo e as reformas", minimizou o senador Paulo Bauer (SC), líder do PSDB no Senado. Apesar da negativa de Bauer, porta-voz da ala pró-Temer, as bases estão em ebulição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.