Brasil

PSDB adota discurso de união em evento de apoio a João Dória

Partido organizou evento em apoio à candidatura do empresário João Dória Júnior às prévias do partido que definirão o candidato da sigla à Prefeitura de SP


	João Dória Jr.: empresário deve ser candidato da sigla à Prefeitura de São Paulo
 (Rafael Cusato)

João Dória Jr.: empresário deve ser candidato da sigla à Prefeitura de São Paulo (Rafael Cusato)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2016 às 13h59.

São Paulo - Unicidade, consistência do PSDB e definição clara do Partido dos Trabalhadores (PT) como o adversário a ser batido pelos tucanos foi a linha adotada por todos os políticos que discursaram neste sábado durante evento em apoio à candidatura do empresário João Dória Júnior às prévias do partido que definirão o candidato da sigla à Prefeitura de São Paulo.

O evento reuniu cerca de 400 militantes, deputados tucanos, secretários e representantes dos partidos da base aliada do governador Geraldo Alckmin, inclusive o vice-governador de São Paulo Márcio França (PSB), no Teatro Raul Cortez, na sede da FecomercioSP, na região central de São Paulo.

A tentativa de mostrar coesão no PSDB veio no encerramento da semana em que a temperatura no ninho tucano subiu depois que o ex-deputado e presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço de formulação política do PSDB, José Aníbal, acusou João Dória de "falsificar" a história ao dizer que foi um dos coordenadores da campanha pelas Diretas-Já, em 1984.

João Doria optou por um discurso conciliatório com seus pares no partido, dizendo que respeita os dois tucanos que disputam com ele as prévias internas que vão indicar o candidato à Prefeitura de São Paulo. "Eu respeito o Ricardo Tripoli e o Andrea Matarazzo. Aos dois o meu respeito, os meus sinceros respeitos. São dois grandes valores do PSDB", disse.

Dória centrou suas críticas no prefeito Fernando Haddad (PT), classificando o petista de desconhecedor da cidade. "Um governante que se encastela no Viaduto do Chá (onde fica a Prefeitura de São Paulo), longe do povo. Não conhece a cidade e por isso faz bobagens todos os dias", disse João Dória, ao se referir a Haddad.

O secretário de Estado da Casa Civil, Edson Aparecido, lembrou discurso do ex-governador de São Paulo Mario Covas, já na fase terminal da sua luta contra o câncer, em defesa do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso que enfrentava problemas com a baixa popularidade e pedidos de seu impeachment pelo PT.

"Me lembro do Covas dizendo que lealdade não se mede por um traço no Ibope e sim que lealdade se dá do começo ao fim e que quando de bate em um se bate em todos. E agora será assim: bateu no Fernando Henrique, bateu em todos. Bateu no Alckmin, bateu em todos. Bateu no Serra, bateu em todos", disse.

Antecipação de 2018

O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), optou por manter-se fora da refrega interna do PSDB, dizendo que "em ninho tucano, pomba não pia", mas chamou a atenção para a importância da união dos tucanos e o apoio dos partidos aliados à candidatura de Alckmin à presidência da República em 2018.

"É importante que quem esteja em Ananindeua, no Pará, por exemplo, saiba que o candidato à Prefeitura de São Paulo tem o apoio do governador e que os partidos de sua base aliada apoiam Geraldo Alckmin para presidente", disse França, acrescentando que são os partidos aliados que vão conferir tempo de TV à campanha tucana à Presidência da República.

Edison Aparecido, lembrou que foi por causa da divisão dentro do partido que os candidatos do PSDB perderam as últimas corrida ao Palácio do Planalto.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEleiçõesMetrópoles globaisOposição políticaPartidos políticosPrefeiturasPSDBsao-paulo

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final