Governo Temer: parte dos deputados e lideranças pressiona para que a legenda abandone o governo (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de junho de 2017 às 18h17.
Brasília - O PSDB recuou e decidiu adiar para segunda-feira, 12, a reunião da Executiva Nacional que vai decidir sobre o desembarque do governo Michel Temer.
Com esse anúncio, os tucanos sinalizam que vão esperar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegar a um veredito sobre a chapa Dilma-Temer antes de definirem uma posição em relação à gestão peemedebista.
A reunião tucana estava marcada para esta quinta-feira, 8.
Isso porque parte dos deputados e lideranças do partido pressiona para que a legenda abandone o governo o quanto antes.
O adiamento foi divulgado depois de uma conversa realizada entre senadores tucanos, comandada pelo senador Tasso Jereissati (CE), presidente da sigla.
Antes do adiamento, Tasso havia ampliado o "colégio eleitoral". Em vez de consultar apenas a executiva, ele convocou as bancadas no Congresso, governadores e todos os presidentes estaduais do PSDB para o encontro.
A ideia é dar um caráter institucional inquestionável ao posicionamento tucano, seja ele qual for.
A permanência do PSDB na base governista é considerada pelo Palácio do Planalto determinante para evitar uma debandada geral de aliados.
"Nem (a vidente) Mãe Dináh adivinharia o resultado da reunião de amanhã", disse à reportagem o deputado federal Ricardo Tripoli (SP), líder do PSDB na Câmara, antes do recuo.
Pelo menos dois diretórios tucanos - Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul - tiraram posição em defesa do desembarque do governo.
O de São Paulo caminhava para esse desfecho, mas um concorrida plenária realizada na segunda-feira, 5, acabou sem que o tema fosse encaminhado para votação.