Presidente Dilma Rousseff e Aécio Neves durante o debate da TV Bandeirantes (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2014 às 20h04.
Brasília - O PSDB divulgou nesta quarta-feira, 15, um artigo no qual acusa o PT de fazer o "mais puro terrorismo" na propaganda eleitoral.
O texto critica as declarações da presidente Dilma Rousseff que se disse "estarrecida" com o que classificou como "vazamento" de depoimentos prestados à Justiça Federal do Paraná na semana passada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Costa e Youssef afirmaram que o PT recebia propina em contratos da estatal, tendo apontado o tesoureiro do partido, João Vaccari, como um dos envolvidos no suposto esquema.
Vaccari negou em nota as acusações. A presidente classificou como "golpe" a utilização eleitoral do depoimento de ambos.
"(Dilma) não manifestou, contudo, a mesma indignação com o conteúdo revelado pelo ex-diretor da Petrobras e também pelo doleiro Alberto Youssef nos depoimentos que vêm prestando.
Dilma desconheceu também que os dados revelados são públicos, e não sigilosos", critica a análise feita pelo Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política dos tucanos.
Intitulado "Terrorismo golpista", o artigo afirma que em toda a véspera de eleição a "história se repete". Segundo a análise, o PT, sempre que se vê em apuros, "esperneia, mente, deturpa, apela".
"Às suas armas habituais, os petistas agregam a tese de 'golpe'. Tudo porque estão a um passo de perder o poder", afirma.
O texto diz que, para Dilma, saber que o patrimônio dos brasileiros está sendo garfado pelo PT é "golpe" dos que investigam o caso. "Livrar o aparato estatal destes cupins que estão se incrustando em todos os poros do Estado é 'golpe'. Mas o mais grave: perder as eleições, para ela, só se for com 'golpe'", critica.
A análise diz que é fácil perceber o desapreço da presidente e dos petistas pelas instituições, pelos poderes do Estado e pelos valores democráticos.
E sustenta que o sinal "claro" passado é que a candidata à reeleição e o partido dela "não aceitam as regras do jogo, exceto se lhe são favoráveis".
"É também por esta razão que os petistas transformam sua propaganda eleitoral no mais puro terrorismo. É o medo de quem não aceita o saudável preceito da alternância de poder, o medo da mudança que o cidadão brasileiro quer e vai ter. Para o petismo, a revelação de que o partido surrupia o dinheiro dos brasileiros presta-se a 'manipular a eleição'. Nada disso: é mais uma informação fundamental para que a população diga que não admite mais isso, que não se curva ao terror e dará um basta a este estado de descalabro quando voltar às urnas no fim da semana que vem", conclui o texto.