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PSD fecha apoio a Alckmin, que encaminha conversas com centro

Tucano já tem praticamente certo o apoio de pelo menos outras três legendas - PPS, PV e PTB

Geraldo Alckmin: PSD fechou apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência (Paulo Whitaker/Reuters)

Geraldo Alckmin: PSD fechou apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de julho de 2018 às 14h49.

Última atualização em 13 de julho de 2018 às 19h39.

São Paulo/Brasília - O PSD, partido do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, fechou apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, na eleição de outubro deste ano e o tucano já tem praticamente certo o apoio de pelo menos outras três legendas --PPS, PV e PTB--, disse o secretário-geral tucano, deputado Marcus Pestana (MG).

"Já temos uma aliança de cinco partidos a caminho. É a única candidatura que tem isso", disse Pestana à Reuters por telefone. "Já estamos mais ou menos com um quinto do tempo de TV assegurado, o que já dá uma boa base", acrescentou o secretário-geral do PSDB.

Pestana disse que Alckmin e o PSDB seguem conversando com outras legendas, como o DEM --que tem como pré-candidato o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), que vem mantendo conversas com outras pré-candidaturas, como a de Ciro Gomes, do PDT.

De acordo com Pestana, o acordo com o PSD incluiu o acerto de que o PSDB apoiará candidatos da legenda aliada nos Estados, como no Rio Grande do Norte, onde Robinson Faria tentará a reeleição ao governo. No Rio de Janeiro, onde o PSD tem a pré-candidatura de Índio da Costa --vice na chapa presidencial tucana encabeçada por José Serra em 2010 quando integrava o DEM-- as conversas ainda estão em andamento.

A assessoria de imprensa do PSD disse que não comentará o anúncio feito por Pestana e disse que a posição da legenda será anunciada na convenção partidária.

O ex-ministro Guilherme Afif Domingos, que já foi vice-governador de Alckmin e lançou sua pré-candidatura à Presidência, tem dito que apresentará seu nome na convenção do PSD. No mês passado, no entanto, Kassab, que é presidente licenciado do partido, já havia afirmado que a legenda deve apoiar Alckmin.

Uma das vice-líderes do PSD na Câmara, a deputada Raquel Muniz (MG) afirmou que o acerto do seu partido com o PSDB é bom para o país. Para ela, Alckmin é um ótimo candidato, passa segurança e tem experiência política por ter sido gestor do maior Estado brasileiro.

Raquel destacou o fato de os dois partidos também estarem unidos em Minas Gerais, já que o PSD, naquele Estado, vai apoiar a candidatura a governador do atual senador tucano Antonio Anastasia. "São dois nomes bem acertados", disse ela.

O presidente do PPS, Roberto Freire, disse por meio de sua assessoria de imprensa que o partido já aprovou "indicativo" de apoio a Alckmin e que o apoio deve ser oficializado na convenção partidária marcada para o início de agosto. Freire disse ainda trabalhar pessoalmente para a formalização da aliança pois ele e o partido entendem que Alckmin é o nome mais equilibrado entre os já colocados.

Vice

Pestana disse que as tratativas com o PSD, os outros três partidos já praticamente acertados e com potenciais novos aliados ainda não têm abordado a vaga de vice na chapa de Alckmin.

"O vice só será objeto de definição na hora que tivermos a visão global da aliança", disse Pestana.

De acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada no mês passado, Alckmin tem entre 4 e 6 por cento das intenções de voto para presidente na eleição de outubro. O tucano tem minimizado a importância das pesquisas neste momento e afirmado que a situação sofrerá alterações quando a campanha começar oficialmente em agosto.

Sobre alianças, o presidenciável tucano já havia dito também que tinha conversas avançadas com quatro partidos e o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, que é o coordenador político da campanha de Alckmin, havia citado PSD, PTB, PV e PPS como aliados potenciais que estavam bem encaminhados.

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