O novo prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior (PSD): durante a campanha, ele prometeu melhorar o atendimento médico na rede pública (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2012 às 18h20.
Brasília - Com 98,31% das urnas apuradas, o deputado estadual Cesar Souza Júnior (PSD) venceu a disputa pela prefeitura de Florianópolis (SC), com 52,63% dos votos válidos. Gean Loureiro (PMDB) ficou com 47,37% dos votos válidos. Os votos brancos somam 3,05% e os nulos, 9,91%. A abstenção está em 20,26%.
Vencedor também no primeiro turno, Cesar Souza Júnior, tem 33 anos. É formado em direito e disputou a prefeitura pela primeira vez. Torcedor do Avaí, Souza licenciou-se da Assembléia Legislativa em 2011 para assumir a Secretaria Estadual do Turismo, Cultura e Esportes, a convite do governador Raimundo Colombo (DEM).
O prefeito eleito da capital catarinense foi escolhido com a promessa de melhorar o atendimento médico na rede pública, propor políticas habitacionais para famílias de baixa renda e ampliar o número de creches. A partir de 1º de janeiro de 2013, ele administrará um orçamento de R$ 1,8 bilhão, segundo a previsão da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento.
Gerador de R$ 6,1 bilhões dos R$ 7,08 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, o setor de serviços é a força motriz da economia local, seguido de longe pela indústria e pela agropecuária.
Embora conte, em vários setores, com alguns dos melhores indicadores sociais do país, Florianópolis lida com problemas comuns a outras capitais, agravados pelo acelerado crescimento de sua população nas últimas décadas. A população é estimada em cerca de 421 mil moradores, 96% vivem na área urbana.
Além da maior demanda por serviços públicos, como saneamento básico, saúde, educação e transporte público, o crescimento populacional resultou num grande aumento da frota de veículos e, conseqüentemente, dos congestionamentos, e do número de favelas. Entre 2002 e setembro de 2012, o número de automóveis e motocicletas passou de 135.715 mil para 242.680, segundo o Departamento de Trânsito (Detran-SC).
Outro problema é a destinação final dos resíduos sólidos. Por não contar com aterro sanitário, todo o lixo recolhido na cidade é transportado por empresas contratadas para este serviço do Centro de Transferência de Resíduos Sólidos, em Itacorubi, para o Aterro Sanitário de Tijuquinhas, em Biguaçu, a cerca de 30 quilômetros. No ano passado, cerca de 164 mil toneladas de resíduos sólidos foram recolhidos e transportados.