O presidente da Câmara, Eduardo Cunha: ele nega todas as irregularidades (Ueslei Marcelino/REUTERS)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2015 às 13h40.
São Paulo - O PSB decidiu se juntar ao movimento de PSDB, DEM, PPS, PSOL e Rede pela saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo e passará a obstruir as votações enquanto o peemedebista presidir a Casa, informou o partido nesta quarta.
Com a entrada do PSB no grupo anti-Cunha, a soma das bancadas dos partidos que prometem obstruir as votações na Câmara sobe para 128 deputados, dos 513 que compõem a Câmara.
“Evidentemente, temos matérias importantes que precisam ser deliberadas, e gostaríamos de poder participar dessa decisão, mas nós também entendemos que é importante resolver os problemas internos da Câmara dos Deputados, primeiro. Por isso, o PSB toma essa decisão", disse o líder do PSB, Fernando Coelho Filho (PE).
Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara acusado de ter mentido em depoimento dado neste ano à CPI da Petrobras quando afirmou que não possui contas no exterior. Documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência de contas bancárias no nome de Cunha e de familiares no país europeu.
O presidente da Câmara também é alvo de inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por causa das contas na Suíça e de denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo, acusado de ter recebido pelo menos 5 milhões de dólares em propina do esquema de corrupção na Petrobras.
Cunha nega todas as irregularidades e já afirmou que seguirá na presidência da Câmara.