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PSB se diz animado com perspectiva eleitoral

Partido não apressará o anúncio oficial da chapa para disputa presidencial


	Presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos: parte do partido considera que o anúncio oficial da chapa em fevereiro pode contribuir para ter um fato político novo
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos: parte do partido considera que o anúncio oficial da chapa em fevereiro pode contribuir para ter um fato político novo (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 19h19.

Brasília - Animado com o resultado de pesquisas e na expectativa do rescaldo da reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff, o PSB não apressará o anúncio oficial da chapa para disputa presidencial, apesar de alguns membros da Executiva do partido defenderem que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva oficializem a dobradinha em fevereiro.

A avaliação foi feita durante uma reunião da cúpula do partido na terça-feira, no Recife, levando em conta o resultado de uma pesquisa telefônica feita com 2 mil pessoas em São Paulo, segundo um socialista ouvido pela Reuters. Essa fonte do partido disse que o levantamento mostrou Dilma com 34 por cento das intenções de voto, Campos com 25 por cento e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com 17 por cento.

A pesquisa eleitoral mais recente do instituto Datafolha mostrava uma vantagem maior para a petista e o tucano em segundo lugar. Em 30 de novembro, Dilma tinha 47 por cento, Aécio era citado por 19 por cento dos entrevistados e Campos estava em terceiro com 11 por cento.

"Essa pesquisa nos deu novo ânimo e consideramos que o quadro político-eleitoral tende a melhorar nos próximos 60 dias. Então, a avaliação é que o tempo pode jogar a nosso favor e não é uma necessidade lançar a chapa oficialmente agora", disse o socialista sob condição de anonimato.

Parte da cúpula, porém, ainda considera que o anúncio oficial da chapa em fevereiro pode contribuir para ter um fato político novo e, com isso, dar maior visibilidade a Campos, que também preside a legenda. O governador só deve deixar o cargo no dia 4 de abril.

"Nós gostaríamos que (a oficialização) fosse em fevereiro, mas não temos pressa", disse o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), que também esteve na reunião.

Uma nova rodada de pesquisas quantitativas e qualitativas será encomendada pelo partido nas próximas semanas para ter um cenário mais claro.


A fonte socialista contou que os governadores tucanos de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Paraná, Beto Richa, já tinham relatado a Campos que tinham detectado elevações das intenções de voto no socialista em seus Estados.

Eles teriam percebido também uma nova queda na avaliação do governo.

Reforma Ministerial

Os socialistas avaliaram ainda que a reforma ministerial promovida pela presidente pode contribuir para um cenário político-eleitoral ainda melhor, já que haverá aliados descontentes que podem se tornar potenciais adversários de Dilma e ajudar o PSB a construir alianças nos Estados.

Dilma deve trocar pelo menos dez ministros, que deixarão os cargos para disputar as eleições, e tenta incorporar ao primeiro escalão novos partidos aliados para ter mais tempo de campanha na TV. Os primeiros movimentos da presidente já deixaram seu principal aliado no Congresso, o PMDB, descontente.

Essa expectativa fez com que os socialistas esticassem o prazo de definição das candidaturas estaduais até 25 de março, quando a comissão executiva do PSB deve se reunir para bater o martelo sobre os candidatos ao governo.

A fonte socialista afirmou que já há candidaturas definidas em nove Estados: Roraima, Amapá, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.

Até o final de março, as negociações podem determinar candidaturas próprias em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Mato Grosso do Sul, segundo esse socialista.

A partir da primeira semana de fevereiro, Campos e Marina, que se filiou ao PSB depois que não ter obtido registro eleitoral para o seu partido, a Rede Sustentabilidade, devem percorrer o país em encontros regionais para debater a proposta de programa de governo.

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