Eduardo Campos: os socialistas reuniram a comissão executiva da legenda nesta quarta-feira, em Brasília, para analisar o resultado da disputa municipal (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2012 às 22h31.
Brasília - A cúpula do PSB evitou traçar planos para disputar a Presidência da República em 2014, mesmo após ter um desempenho acima do esperado pelo partido no primeiro turno das eleições municipais. Segundo o presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, esse debate não deve ser feito agora.
Os socialistas reuniram a comissão executiva da legenda nesta quarta-feira, em Brasília, para analisar o resultado da disputa municipal e decidir o que devem fazer para vencer a disputa no segundo turno em algumas cidades e quem devem apoiar onde o partido não estiver na disputa.
"Agora é hora de pensar no segundo turno. E depois é hora de pensar no Brasil. Quem pensa no Brasil com responsabilidade não eleitoraliza o debate político", disse Campos a jornalistas quando questionado se os avanços eleitorais do PSB não permitia que ele disputasse a cadeira no Palácio do Planalto.
"A pauta de 14 vamos deixar para 14. Em 14 vamos decidir", acrescentou.
O governador do Ceará, Cid Gomes, foi na mesma linha. "A meu juízo falar de 2014 seria atropelar", disse a jornalistas durante a reunião.
Segundo ele, todo partido tem um projeto de poder, mas ainda não chegou o momento do PSB.
"A gente amadureceu, mas para um projeto nacional ainda devemos ter paciência", afirmou Cid Gomes.
Campos disse também que as disputas municipais não afetarão a relação entre PSB e PT em âmbito nacional e também não vão interferir na aliança que o partido mantém com o governo da presidente Dilma Rousseff.
O governador elogiou ainda a atuação da presidente, que não se envolveu de forma ampla nas disputas municipais onde os partidos da base aliada se enfrentaram. Segundo ele, mesmo em Belo Horizonte, onde PT e PSB estiveram em campos opostos, Dilma só participou de um ato de campanha e porque é mineira.
"(Temos que) ser gratos pelo gesto da presidenta Dilma de ter se colocado à distância onde a base estava disputando", disse.