Dilma: em nota, ela também critica o vazamento "seletivo" das delações da Odebrecht por "agentes públicos que deveriam zelar pela Justiça" (Getty/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de março de 2017 às 12h29.
Última atualização em 15 de março de 2017 às 16h59.
São Paulo - A ex-presidente Dilma Rousseff disse, por meio de nota divulgada na manhã desta quarta-feira, 15, que ao longo de três anos nunca surgiram provas ou indícios contra ela na Operação Lava Jato, apenas "ilações" de terceiros, e afirmou que provará sua inocência "mesmo sem saber sequer do que está sendo acusada desta vez".
No texto curto assinado pela assessoria de imprensa da ex-presidente, Dilma também critica o vazamento "seletivo" das delações da Odebrecht por "agentes públicos que deveriam zelar pela Justiça".
A ex-presidente está em Portugal, onde recebeu a notícia de que é alvo de pedido de inquérito feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por meio de assessores. Segundo pessoas próximas, ela ficou surpresa com a notícia.
A íntegra da nota:
"A propósito das notícias veiculadas nesta quarta-feira, 15 de março, sobre a suposta inclusão da ex-presidenta Dilma Rousseff na chamada 'lista de Janot', a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff informa:
1. Desde o início das investigações sobre a Operação Lava Jato, há quase três anos, nunca surgiram provas ou indícios do envolvimento direto de Dilma Rousseff em desvio de recursos públicos ou corrupção.
2. Suspeitas são sempre lançadas contra ela no terreno das ilações ou citações indiretas em conversas de terceiros.
3. As delações de empresários e executivos da Odebrecht estão cobertas pelo manto do sigilo judicial, mas, de maneira usual, os vazamentos seletivos continuam sendo praticados justamente por aqueles agentes públicos que deveriam zelar pela Justiça.
4. Dilma Rousseff defenderá sua honra e provará sua inocência na Justiça, mesmo sem saber sequer do que está sendo acusada desta vez."