O ministro da Educação, Aloizio Mercadante: motivo fundamental é que 97 instituições de ensino perderam o direito de aderir ao programa em função de nota insatisfatória no Índice Geral de Cursos (Marcello Casal / Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 17h16.
Brasília - O Programa Universidade Para Todos (ProUni) oferta, neste ano, 9.511 bolsas de estudos a menos em relação a 2015.
O motivo fundamental é que 97 instituições de ensino perderam o direito de aderir ao programa em função de nota insatisfatória no Índice Geral de Cursos (IGC).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 19, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Neste ano, 1.069 instituições disponibilizam 203.602 bolsas; ano passado, foram 213.113 bolsas ofertadas por 1.164 universidades e faculdades privadas.
"Houve instituições excluídas do programa pois estão sob suspensão no MEC, já que obtiveram avaliação inferior a 3. Onde não há qualidade no ensino, não há oferta de bolsas", afirmou o ministro.
Engenharias, Administração e Pedagogia são os cursos em que há mais bolsas disponíveis. O Estado com mais oferta é São Paulo, com 62,6 mil bolsas.
Até as 17 horas desta terça-feira, 19, 559.327 pessoas já haviam se inscrito no sistema, ultrapassando 1 milhão de inscrições (cada candidato pode indicar até duas opções de cursos). O prazo é até sexta-feira e o resultado da primeira chamada será divulgado na segunda, dia 25.
Sisu
Houve uma sutil queda no número de inscrições registradas no Sisu neste ano, em relação a 2015 - de 5,4 milhões para 5,2 milhões -, um possível efeito do fato de os chamados "treineiros" (estudantes que ainda não concluíram o Ensino Médio) não poderem se inscrever para vagas de ensino superior - uma medida inédita desde a implementação do sistema.
Mulheres predominaram as inscrições (57,1%), assim como os jovens: 62,6% dos inscritos têm até 22 anos. "Isso mostra uma concentração de alunos recém saídos do ensino médio, o que é importante", destacou Mercadante.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi a mais procurada (195.634 inscrições), ao passo que a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) foi a mais concorrida, com média de 56,3 candidatos por vaga.
Administração, Pedagogia e Direito foram os cursos com maior número de interessados. A maior nota de corte foi a do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): 824,74 pela ampla concorrência e 801,19 pelas cotas.