Com o acirramento da disputa pela presidência, aumentam trocas de acusações (Divulgação/ Senado)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 16h32.
São Paulo - A campanha eleitoral para a Presidência da República mal começou, mas o velho jeito de fazer política no Brasil já está aparecendo. É o que diz uma reportagem do jornal britânico Financial Times.
"A campanha presidencial até agora tem sido marcada por velhas rivalidades, táticas de intimidação e acusações de corrupção que não poupam ninguém", diz o artigo assinado pelo jornalista Joe Leahy.
O jornal cita a troca de acusações entre as campanhas do candidato Aécio Neves (PSDB) e da presidente Dilma Rousseff. Em especial, o caso Pasadena e do aeroporto na propriedade de parentes de Aécio.
Segundo o FT, era esperado que os protestos recentes ocorridos no Brasil desde junho do ano passado gerassem uma mudança no jeito de fazer política no país.
"A ascensão da classe C e os protestos de rua aumentaram o apetite dos brasileiros por um governo mais limpo e melhores serviços sociais", afirma o texto.
No entanto, na opinião do jornal, os candidatos a presidência não souberam aproveitar esse desejo de mudança da população.
"Embora a troca de ofensas entre candidatos seja vista há anos na corrida presidencial no Brasil, é provável que ela só aumente, segundo analistas", diz o texto.
As pesquisas de intenção de voto também tendem a acirrar ainda mais a disputa. Quanto menor é a vantagem da presidente Dilma Rousseff, mais frequentes e intensas serão as trocas de acusações, prevê o jornal.
"Qualquer um esperando que os protestos de rua do ano passado trouxessem mudanças vai ser decepcionar", encerra a reportagem, publicada na última segunda-feira.