Mourão: vice-presidente da República questionou a suposta "exploração política" das manifestações de quarta-feira (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de maio de 2019 às 13h42.
Última atualização em 16 de maio de 2019 às 13h51.
Brasília — O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, não considera que as manifestações que ocorreram nesta quarta-feira (15) em todo o país contra o bloqueio de recursos da educação desestabilizam o governo.
Para Mourão, os protestos foram pontuais e não voltarão a ocorrer, considerando que a reforma da Previdência será aprovada no segundo semestre e o ambiente econômico vai melhorar, como espera o governo.
"Final de julho, início de agosto irão mudar as expectativas econômicas e a vida vai seguir", avaliou.
Assim como o presidente Jair Bolsonaro fez nos Estados Unidos, o vice questionou a suposta "exploração política" das manifestações de quarta-feira e o uso de faixas com dizeres como "Lula Livre" nos protestos, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, preso desde o ano passado.
"Como eu falei, o protesto é uma forma que a sociedade tem de se expressar e de expressar o seu desencanto com coisas que estão acontecendo. Agora, você nota que houve a exploração política, porque se o protesto era contra a educação por que tinha 'Lula Livre?'? O Lula foi condenado em três instâncias, então esse pacote já virou", afirmou.
Mourão voltou a dizer que há desinformação sobre o contingenciamento de recursos da educação.
"Está havendo uma desinformação nessa história toda, contingenciamento de recurso houve ao longo de todo esse período, acho que tem que ser mostrado o quanto ocorreu nos anos anteriores."