Protesto contra a Copa: segundo o New York Times, manifestações são teste para o governo (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 13h44.
Brasília - Os protestos contra a Copa do Mundo, que ocorreram ontem (15) em várias cidades brasileiras, ganharam repercussão internacional.
O site do jornal espanhol El País traz hoje uma reportagem que diz que os protestos contra o Mundial se espalharam pelo Brasil.
A publicação destaca que 50 cidades brasileiras convocaram manifestações e que, em São Paulo, os protestos foram impulsionadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que reivindicam mais moradias.
O jornal ressalta ainda o clima de tensão na cidade e que houve queima de pneus e interrupção de algumas avenidas.
O site do jornal The New York Times publicou uma reportagem, com o título Onda de Protestos contra o Governo Começa no Brasil, dizendo que pneus foram furados e avenidas bloqueadas em manifestações que tentam chamar a atenção para os problemas de habitação e educação, a menos de um mês da Copa.
O jornal norte-americano destaca que centenas de pessoas, que criticam os bilhões de reais gastos para sediar a competição, protestaram em São Paulo, perto do Itaquerão, um dos estádios construídos para o Mundial.
Segundo a reportagem, as manifestações são um teste para o governo brasileiro mostrar habilidade em garantir a segurança durante a Copa do Mundo.
Já do site da britânica BBC destaca hoje que, apesar das mobilizações em 14 capitais do país e algumas ações de impacto, os protestos ficaram aquém do esperado pelos grupos envolvidos na convocação, que anunciavam a volta das grandes multidões de manifestantes às ruas, como em junho do ano passado.
O jornal argentino El Clarín também destacou as manifestações em seis cidades brasileiras ontem.
Segundo a publicação, São Paulo, o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza tiveram ruas bloqueadas por ativistas.
O site do jornal informou que os manifestantes têm demandas diversas, mas em comum têm o fato de serem contrários aos gastos públicos com o Mundial.