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Protesto do MTST fecha pistas da Marginal do Pinheiros

Cerca de 5 mil pessoas protestaram contra a falta de água na periferia em frente à sede da Sabesp

Integrantes do MTST durante um ato contra o racionamento de água, em São Paulo
 (Oswaldo Corneti/Fotos Públicas)

Integrantes do MTST durante um ato contra o racionamento de água, em São Paulo (Oswaldo Corneti/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 20h37.

São Paulo - Cerca de 5 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fizeram um protesto em frente à sede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em Pinheiros, contra a falta de água em bairros da periferia da capital paulista.

Por volta das 19h20, o grupo deixou o prédio e fechou todas as pistas da Marginal do Pinheiros no sentido Lapa.

Outras questões como falta de moradia e truculência da polícia em reintegrações de posse foram incluídas na pauta do ato desta quinta-feira.

800 policiais e 150 veículos da PM acompanham o ato, que é pacífico. Às 20h, os manifestantes chegaram na Pedroso de Moraes, fechando a via no sentido Largo da Batata.

O ato começou às 16h45 no Largo da Batata. Os manifestantes chegaram a bloquear a Avenida Faria Lima no caminho para a Sabesp. As ruas Costa Carvalho e Sumidouro também foram interditadas.

Em frente ao prédio, fizeram uma dança pedindo chuva. A Polícia Militar circundava o prédio da Sabesp. Uma comissão do MTST entrou para entregar uma lista de reivindicações à companhia.

A comissão de representantes do MTST saiu do prédio da Sabesp às 19 horas. Josué Rocha, um dos coordenadores do movimento, afirmou que "um canal de diálogo permanente" foi criado entre as partes e que novas reuniões foram marcadas para a próxima semana.

"Entregamos a pauta de reivindicação para mostrar que está faltando água principalmente nas regiões sul, oeste e leste. Está dado o problema, a gente sabe que o racionamento já existe e vai continuar existindo", disse.

A doméstica Ivonete Lopes, de 39 anos, mora no Jardim Ângela e afirma sofrer com a falta de água há cerca de 5 meses.

"Falta durante o dia e muitas vezes à noite também. Ficamos em alguns momentos quatro dias sem água", diz ela, que afirma participar do movimento há 10 meses.

Palavra do Governador

Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 25, que "não faz nenhum sentido" uma invasão dos integrantes do Movimento à sede da empresa.

Para o governador, a Sabesp está "suando a camisa" para garantir o abastecimento de água à população da Região Metropolitana.

"Espero que não haja (a invasão). Não tem nenhum sentido. A Sabesp é uma empresa que está suando a camisa para enfrentar uma seca que é duríssima", disse, depois de visitar o Parque Linear Várzeas do Tietê, na zona leste da capital.

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