São Paulo - Um grupo formado por cerca de 150 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, se reuniu no Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, na tarde deste sábado, 1º, em um ato contra a crise da água enfrentada pelo Estado de São Paulo e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Organizado pelo movimento "Juntos!", o protesto "Alckmin, cadê a água?" tem como objetivo cobrar explicações e soluções para os problemas de falta d'água. Os organizadores estimam que 500 pessoas estavam no local.
Por volta das 16h30 o grupo saiu do Largo da Batata e marchou até a frente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), perto dali.
Nesse momento, a reportagem estima que aproximadamente 300 pessoas participavam do ato. Elas entoavam marchinhas de carnaval adaptadas ao tema da falta de água em São Paulo.
"Essa é a primeira manifestação unificada na cidade de São Paulo sobre a questão da falta de água. Vamos inaugurar uma jornada de manifestações para questionar o governo do Estado sobre a real dimensão da crise da água, porque nós temos visto vários bairros que estão tendo sucessivos cortes sem que a Sabesp informe. Está acontecendo uma campanha de desinformação da Sabesp", afirma o sociólogo Thiago Aguiar, de 25 anos, um dos integrantes do movimento.
Grupos carregam faixas com frases com questionamentos à Sabesp e críticas ao governador Alckmin. Uma delas dizia: "Alckmin acabou com a água e com a nossa paciência".
Dois grupos de maracatu estão tocando para os participantes e ensaiando gritos de guerra.
Um deles fez uma paródia de uma tradicional marchinha de carnaval e os integrantes cantavam: "Se você pensa que São Paulo tem água, São Paulo não tem água, não. A culpa não é de São Pedro, a culpa é do Geraldão".
Os manifestantes ainda estão concentrados no local e pretendem fazer uma caminhada pela região.
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1. Limpeza
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1/9 (Divulgação)
A água pode parecer um recurso natural abundante. Mas está cada vez mais poluída e mais escassa. Existem muitos lugares no mundo onde há água, mas ainda não é filtrada. Mais de um bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à água limpa. Isso leva à morte de uma criança com menos de 5 anos a cada minuto no mundo. Os cientistas estão preocupados com a qualidade da água mundial. E por isso têm trabalhado em projetos de limpeza e despoluição das águas. Veja algumas dessas ideias a seguir.
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2. Ocean Cleanup
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2/9 (Ocean Cleanup)
O holandês Boyan Slat, de 19 anos, criou a Ocean Cleanup, uma tecnologia capaz de limpar o lixo do Oceano Pacífico em uma década. O sistema funciona como uma barreira flutuante que aproveita as correntes oceânicas para bloquear os resíduos encontrados no mar. Nos testes com um protótipo, a barreira foi capaz de coletar plásticos em até três metros de profundidade. O sistema também recolheu pouca quantidade de zooplâncton, o que facilita o reaproveitamento e a reciclagem do plástico. A estimativa é de que o sistema remova 65 metros cúbicos de lixo por dia.
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3. Piscina flutuante
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3/9 (Divulgação/Plus Pool)
Uma piscina de tamanho olímpico flutuará sobre o East River da cidade de Nova York, nos Estados Unidos. O objetivo é limpar as águas do rio e ao mesmo tempo oferecer um lugar inusitado para a população se refrescar durante o verão.
Segundo o site do projeto, “o sistema de filtração em camadas gradualmente elimina as bactérias e contaminantes, garantindo água limpa segundo as normas municipais e estaduais de qualidade. Sem produtos químicos, sem aditivos, água natural apenas". Orçado em 15 milhões de dólares, o sistema de filtragem da piscina limpará as águas enquanto flutua sobre elas. O formato de sinal positivo possibilita que haja diferentes alas na piscina, separadas umas das outras e para diferentes tipos de atividades.
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4. Casca de banana
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4/9 (Wikimedia Commons)
Cascas de banana trituradas podem funcionar como um remédio eficaz em águas poluídas por pesticidas. Esse poder de despoluir a água por um custo zero foi descoberto por uma equipe de cientistas liderados pela pesquisadora Claudineia Silva, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba. Os pesquisadores secaram cascas de banana maduras em um forno a 60ºC por um dia, equivalente ao material exposto ao Sol durante uma semana. Depois, as cascas foram trituradas e peneiradas, o que gerou um pó de consistência parecida com a de uma ração. Esse material foi, então, misturado com a água dos rios Piracicaba e Capivari, agitado por 40 minutos e filtrado. A casca da banana tem grande capacidade de absorção de metais pesados e compostos orgânicos. O método pode ser usado no tratamento de água de abastecimento público, vindas de regiões com intensa prática agrícola.
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5. Peixe robótico
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5/9 (Divulgação/MSU)
Cientistas da Michigan State University (MSU) criaram um peixe robótico, o Grace. O objetivo da tecnologia é analisar a água e detectar substâncias tóxicas em rios e lagos. Sensores no aparelho permitem a coleta de dados sobre temperatura e qualidade da água. Grace pode fazer viagens de longa distância sem que a bateria descarregue graças a uma bomba que empurra a água para dentro e para fora do robô.
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6. Lente solar
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6/9 (University of Buffalo)
Deshawn Henry, estudante de Engenharia Civil da Universidade de Buffalo, criou uma lente solar capaz de filtrar a água. O sistema de baixo custo tem potencial para ajudar as comunidades mais carentes. Para criar a lente, Henry usou materiais baratos de uma loja de hardware. O resultado foi um equipamento capaz de filtrar 99,9% das impurezas de um litro de água em cerca de uma hora. A ideia de Henry tem potencial para ajudar a população de países menos desenvolvidos. A lente aumenta a luz solar e aquece um litro de água a uma temperatura suficiente para filtrá-la. À medida que o Sol muda de posição no céu, o recipiente de água precisa ser ajustado a fim de ficar no ponto focal da lente. O processo de aquecimento elimina os agentes patogênicos presentes na água, deixando-a limpa e potável.
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7. Filtro inteligente
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7/9 (Divulgação)
Cientistas da Universidade de Michigan criaram um filtro inteligente que consegue limpar a água contaminada por óleo sem adição de substâncias químicas ou de alta pressão. Segundo o estudo, a tecnologia pode ser usada em acidentes petrolíferos. Os pesquisadores criaram um revestimento feito com um nanomaterial que repele óleo, mas atrai a água. Esse material é uma mistura de uma borracha de um polímero e uma nova nanopartícula. Durante os testes, os pesquisadores aplicaram o material em soluções que continham misturas de água e óleo e emulsões. A eficiência do material chegou a 99,9%, em diferentes situações.
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8. Robô contra o petróleo
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8/9 (Divulgação/Yanko Design)
O designer coreano Hsu Sean criou um robô capaz de limpar áreas atingidas por vazamento de petróleo. Segundo Sean, a opção é prática e segura. O Bio-Cleaner funciona como um aspirador de pó marinho. O helicóptero lança o equipamento na área atingida pelo vazamento. Então, ele suga o óleo e começa a limpar a água. O sistema é composto por um robô amarelo que tem três braços, além de uma bomba embutida. Assim, a ferramenta consegue se movimentar e separar os resíduos da água. Há também um compartimento com bactérias capazes de degradar o petróleo na água. O dispositivo também tem um sistema de onda acústica. Ele emite ondas sonoras de alta frequência para manter os animais distantes da região afetada. Essa funcionalidade é importante porque evita que animais morram ao entrar em contato com o óleo.
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9. Veja agora as 10 potências mundiais em tecnologia limpa
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9/9 (BrightSource Energy)