Fatores que mais devem pesar para o apoio do DEM ao candidato à Presidência são o fortalecimento da sigla e o protagonismo regional (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de julho de 2018 às 12h45.
Última atualização em 11 de julho de 2018 às 12h46.
São Paulo - Os fatores que mais devem pesar para o apoio do DEM ao candidato à Presidência são o fortalecimento da sigla e o protagonismo regional, afirmou o vice-líder do partido na Câmara, deputado Efraim Filho (PB). "(Vamos apoiar) aquele que conseguir fortalecer os projetos de protagonismo do DEM nos Estados. O DEM não tem governadores e esses palanques locais podem ser a costura que leve o partido a tomar a decisão", afirmou em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta quarta-feira, 11. O partido se reúne ainda nesta quarta para decidir o apoio.
Na conversa, Efraim admitiu que a sigla está dividida entre pelo menos quatro nomes: Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos) e Jair Bolsonaro (PSL). Os dois primeiros têm mais força. A Executiva Nacional da sigla pende mais para o ex-ministro Ciro Gomes, enquanto a bancada na Câmara sinaliza uma preferência pelo ex-governador de São Paulo.
Questionado se a maior capilaridade do PSDB em território nacional poderia favorecer uma aliança, Efraim disse que a força do partido em alguns Estados, com candidaturas próprias aos governos, poderia dificultar os objetivos do DEM, como nos casos de Minas Gerais e Goiás.
Em Minas, o maior colégio eleitoral do País, o PSDB não deve abrir mão da candidatura do senador Antonio Anastasia, que fortalece Alckmin nacionalmente. Já em Goiás, o ex-governador Marconi Perillo, pré-candidato a senador pelo PSDB, tem trabalhado pela reeleição do governador José Eliton, que assumiu após Perillo se desincompatibilizar. Lá, o DEM lançou a pré-candidatura do senador Ronaldo Caiado, líder do partido na Casa.
"O DEM tem tudo para sair da eleição com protagonismo e isso atrapalha uma aproximação com o PSDB. Dentro do partido, há quem pense que é chegado o momento de olhar na mesma altura do PSDB, de não ser mais um coadjuvante, mas sim de buscar protagonismo nas alianças", disse Efraim.
O deputado federal cita que o partido disputa de maneira competitiva também os governos do Rio, com o ex-prefeito Eduardo Paes, de Minas Gerais, do Amapá, com o senador Davi Alcolumbre e do Mato Grosso, com o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.
Efraim Filho disse ainda que a maior possibilidade de vencer as eleições 2018, o tempo de TV, a chance de indicar um vice na chapa e o apoio à manutenção de Rodrigo Maia (RJ) no comando da Câmara dos Deputados também serão levados em conta. O deputado federal negou a hipótese de que o apoio a um presidenciável envolveria a promessa de cargos no futuro governo.