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Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Datena na prefeitura?; May demite ministro; Petrobras vende Pasadena...

1º de maio: em São Paulo, ato unificado das centrais sindicais convocou greve contra a reforma da Previdência para 14 de junho (Nacho Doce/Reuters)

1º de maio: em São Paulo, ato unificado das centrais sindicais convocou greve contra a reforma da Previdência para 14 de junho (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2019 às 07h14.

Última atualização em 2 de maio de 2019 às 07h26.

“Dificuldades iniciais”
Em pronunciamento em cadeia nacional em virtude do Dia do Trabalho na quarta-feira, 1º de maio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que seu governo enfrenta “dificuldades iniciais”, naturais na transição entre governos, sobretudo “se concepções politicas forem antagônicas”. O presidente afirmou que “o caminho é longo” e que “juntos ultrapassaremos essas dificuldades iniciais”. Com 13,4 milhões de desempregados e a subutilização da força de trabalho batendo recorde (1 em cada 4 trabalhadores não trabalham ou trabalham menos do que gostaria), esperava-se que o presidente também usaria o pronunciamento para fazer algum anúncio de medidas para alavancar o emprego, mas Bolsonaro pouco tocou no tema. Em seus dois minutos de discurso, o foco ficou com a Medida Provisória que pede análise de impacto econômico antes de aplicação de regulações, um aceno aos empresários e assinada pelo presidente na terça-feira.

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Oposição unida?
Do outro lado, centrais sindicais realizaram pelo país comemorações para o Dia do Trabalho na quarta-feira. Em São Paulo, discursos e shows no Vale do Anhangabaú, em ato unificado de dez centrais sindicais, reuniram mais de 200.000 pessoas. Os sindicatos querem marcar para 14 de junho uma greve geral contra a reforma da Previdência, que, segundo as centrais, é a principal pauta por retirar direitos dos trabalhadores sem cortar de fato os privilégios. Também participaram do ato em São Paulo partidos de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro, como Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), ambos presidenciáveis em 2019, além de nomes como Carlos Lupi (presidente do PDT).

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Desidratar a reforma
O ato uniu no mesmo palanque que líderes da esquerda até mesmo o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), um dos articuladores do impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff (PT). O congressista afirmou que parte do centrão discute desidratar em cerca de 500 bilhões de reais a reforma da Previdência para impedir a reeleição de Bolsonaro. “[Com uma economia de] 800 bilhões, como ele falou, garante de cara [a reeleição do presidente]. Nos últimos três anos de mandato ele teria 240 bilhões para gastar, ou seja, garantiu a reeleição”, afirmou o deputado. “Com esse discurso, tenho certeza que a gente traz todo mundo do centrão, porque ninguém quer a reeleição do Bolsonaro”, disse.

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Educação: corte de 56%
Em quatro anos, o Brasil cortou o investimento em educação em 56%, como informa nesta quinta-feira o portal UOL com base em informativo técnico da Câmara dos Deputados. Entre 2014 e 2018, o governo diminuiu de 11,3 para 4,9 bilhões de reais o investimento na área, incluindo os níveis básico, técnico e superior. O levantamento foi feito com base nos orçamentos efetivamente realizados e os valores foram corrigidos pela inflação. Para este ano, a previsão na Lei Orçamentária Anual é ainda menor, de 4,2 bilhões de reais – embora o número de fato executado possa ser menor.

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Datena na prefeitura?
Após chegar a lançar candidatura ao Senado em 2018 (mas recuar em seguida), o apresentador de televisão José Luiz Datena voltou a conversar sobre sua entrada na política. O apresentador foi procurado na semana passada pelo senador Major Olímpio (PSL-SP), novo líder do PSL no Senado,  para discutir uma eventual candidatura à Prefeitura de São Paulo, segundo informa a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.  Datena é hoje filiado ao DEM. A eleição de Olimpio e do também apresentador de TV Jorge Kajuru (DEM-GO) teriam animado Datena.

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Petrobras vende Pasadena
A petroleira Petrobras concluiu a venda de uma de suas posses mais polêmicas, a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A compradora foi a norte-americana Chevron, que pagou 562 milhões de dólares (cerca de 2 milhões de reais em cotação de janeiro, quando o negócio foi fechado). Localizada no estado do Texas, a refinaria de Pasadena foi comprada em 2006 para que a Petrobras tivesse uma porta de entrada no mercado norte-americano. Contudo, a Petrobras pagou 360 milhões de dólares por metade das ações e, em razão de disputas judiciais, desembolsou ao total 1,2 bilhão para ficar com 100% – enquanto, um ano antes, a Suíça Astra havia pago 42 milhões de dólares por 100% do capital, muito menos que a metade. A operação entrou na mira da operação Lava-Jato e da Comissão de Valores (CVM), que avalia a responsabilidade de diretores e do conselho de administração da época – incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ex-diretora da estatal.

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May demite ministro
Em meio a polêmicas em relação à permissão para que a empresa de tecnologia chinesa Huawei use sua rede de internet 5G no Reino Unido, a premiê britânica Theresa May demitiu nesta quarta-feira seu ministro da Defesa, Gavin Williamson. A permissão – ainda que limitada – à Huawei havia sido autorizada por May em conjunto com um conselho de segurança que tinha um termo de confidencialidade. Mas a decisão foi vazada à imprensa na semana passada, causando alvoroço. Os Estados Unidos pediram aos países aliados que proibissem a atuação da empresa chinesa, que acusam de espionar smartphones.

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