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Promotoria denuncia João de Deus por abuso de dez mulheres

Além das vítimas, outras cinco mulheres, do DF, Goiás e São Paulo, foram arroladas como testemunhas porque os crimes que sofreram prescreveram

João de Deus: promotoria sustenta que médium "aguardava em uma espécie de "trono" para ter contato direto durante o atendimento com as vítimas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

João de Deus: promotoria sustenta que médium "aguardava em uma espécie de "trono" para ter contato direto durante o atendimento com as vítimas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2019 às 16h52.

O Ministério Público de Goiás ofereceu nesta quarta-feira (5) mais uma denúncia contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. Na ação, são dez vítimas que relatam ter sido abusadas durante atendimento coletivo na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, município localizado a 89 quilômetros de Goiânia.

João de Deus está internado no Instituto de Neurologia de Goiânia desde março, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta terça, 4, que ele volte à prisão.

Nesta nova denúncia apresentada contra João de Deus, a Promotoria sustenta que ele "aguardava em uma espécie de "trono" para ter contato direto durante o atendimento com as vítimas, que eram levadas a esfregar as mãos no órgão genital do médium".

As informações foram divulgadas pela Assessoria de Imprensa do Ministério Público de Goiás nesta quarta.

 

As dez vítimas que acusam João de Deus são do Distrito Federal, São Paulo e Paraná. Além delas, outras cinco mulheres, do DF, Goiás e São Paulo, foram arroladas como testemunhas porque os crimes de que foram vítimas prescreveram.

Ao todo, oito ações penais por crimes sexuais já foram protocoladas no Fórum de Abadiânia e 90 vítimas denunciaram o médium. A primeira denúncia contra João de Deus foi levada à Justiça em 9 de janeiro.

Além dos crimes sexuais, pesam contra o médium duas denúncias por porte ilegal de armas e, ainda, uma ação de ressarcimento de danos morais.

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