Os dois projetos foram elaborados antes do trágico episódio na capital fluminense, caindo na geladeira legislativa de Brasília até voltarem à tona na esteira da comoção popular (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2011 às 21h07.
São Paulo - Após o massacre em Realengo, no Rio de Janeiro, parlamentares do Congresso pretendem desengavetar propostas que tratam de segurança nas escolas públicas. A instalação de detectores de metais, que já foi rejeitada duas vezes pela Câmara dos Deputados, volta à pauta com o controverso projeto de lei do deputado Sandro Mabel (PR-GO), que pediu urgência na tramitação.
Já o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pretende retomar a proposta de criação de uma agência federal "para a coordenação da segurança escolar" e, em homenagem às vítimas do ataque, pretende batizar o projeto de "Lei Realengo".
Os dois projetos foram elaborados antes do trágico episódio na capital fluminense, caindo na geladeira legislativa de Brasília até voltarem à tona na esteira da comoção popular e da repercussão midiática do ataque aos estudantes. "É público e notório que os estabelecimentos de ensino vêm passando por uma onda de violência nunca antes vista", diz a justificativa do PL de Mabel, apresentado em fevereiro deste ano.
O projeto prevê a obrigatoriedade de detectores de metas e aparelhos de raio-X em escolas públicas e privadas e proíbe o acesso às dependências de quem não quiser passar pelos equipamentos. Segundo Mabel, a ideia surgiu no final do ano passado, quando conversou com alunos e professores durante as palestras que ministrou.