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Projeto tenta alterar o Estatuto do Desarmamento

Texto recebeu, na terça-feira, 18, o repúdio de diversas entidades de direitos humanos e especialistas em segurança pública


	Arma: projeto é considerado por ativistas "uma manobra política movida pela ‘bancada da bala’"
 (File Upload Bot/Wikimedia Commons)

Arma: projeto é considerado por ativistas "uma manobra política movida pela ‘bancada da bala’" (File Upload Bot/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 09h35.

São Paulo - Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que altera o Estatuto do Desarmamento, proposto pelo deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). Para ele, a legislação atual "tem contribuído significativamente para elevar o índice de homicídios no Brasil, desarmando o cidadão de bem e dando cada vez mais sensação de potência ao bandido".

O projeto recebeu, na terça-feira, 18, o repúdio de diversas entidades de direitos humanos e especialistas em segurança pública. O Instituto Sou da Paz protocolou, em conjunto com organizações da sociedade civil, pesquisadores e autoridades da segurança pública, uma carta aberta, pedindo a rejeição da proposta pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), e pela comissão especial onde o projeto tramita atualmente - e deverá ser votado no dia 10.

O texto estabelece aumento do tempo de vigência do registro de arma de fogo, redução da idade mínima para acesso ao armamento, maior facilidade de autorização para andar armado na rua e aumento no limite de armas e munições adquiridas anualmente por civis, entre outros pontos.

Para o diretor executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques, até o trâmite por meio de comissão especial, que acelera a análise, é "uma manobra política movida pela ‘bancada da bala’". "Corremos um grande risco de ver um projeto como o Estatuto do Desarmamento, que levou cinco anos de discussão, ser alterado por um projeto colocado para votação sem o menor cuidado e debate."

Em nota, o Sou da Paz classificou o Estatuto como "uma das mais importantes leis para combater a violência do País" e reforçou que a proibição ao porte de arma é o principal eixo da lei. Está marcada para o dia 26 a única audiência pública sobre o tema na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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