Arthur Chioro: "o Mais Médicos veio para ficar", disse (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 09h01.
Brasília - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, descartou ontem o caráter temporário do programa federal Mais Médicos.
Ele afirmou que, mesmo depois de ampliadas as vagas de cursos de Medicina e de residência, o programa deverá continuar. "O Mais Médicos veio para ficar."
Segundo Chioro, o programa é uma garantia de oferta de profissionais para cidades mais afastadas, consideradas pouco atrativas.
"Não adianta apenas a residência. É preciso um indutor para que o médico fique em locais mais afastados durante um período. Caso contrário, o residente continuará optando pelos grandes centros", disse.
Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que 750 profissionais se candidataram para a segunda chamada do Mais Médicos. Eles têm até o dia 2 para se apresentar aos postos de trabalho.
Caso todos iniciem o trabalho, 98% das vagas da expansão do programa terão sido preenchidas.
"Restarão para a terceira chamada 85 postos de trabalho, distribuídos em 47 municípios. É um número a se comemorar", disse.
O ministro acredita em uma tendência de substituição progressiva dos profissionais estrangeiros por brasileiros. Ele afirmou que, diante dos números, dificilmente será necessária a realização de um convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para recrutamento de profissionais em Cuba.
"Há ainda a terceira chamada, depois as vagas serão abertas para profissionais brasileiros formados no exterior e para estrangeiros."
Para o ministro, o Mais Médicos não serve apenas para alocar médicos nos municípios brasileiros, mas para fortalecer a atenção básica.
A pasta garante que 94% da população que usa os serviços oferecidos avalia o programa como satisfatório.
A iniciativa conta, ao todo, com 14.462 médicos que prestam assistência a 50 milhões de brasileiros em 3.785 municípios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.