Hospitais: de acordo com a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Monteiro, pacientes, alunos e professores universitários seriam prejudicados. (Tania Rego/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2013 às 12h44.
Rio de Janeiro - Um protesto contra a entrega da gestão dos hospitais universitários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi feito hoje (7) por profissionais de saúde, técnicos e estudantes da Universidade Federal do Rio (UFRJ) na Ilha do Fundão, zona norte da cidade.
Os cerca de 500 manifestantes alegaram que a Ebserh, empresa responsável pela administração dos hospitais universitários federais, vai implantar uma gestão que visa a privatizar a educação, com a institucionalização de diferentes regimes de trabalho dentro das unidades públicas.
De acordo com a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Monteiro, não só os pacientes seriam prejudicados com uma privatização, como também os alunos e professores universitários.
"Os hospitais deixam de ser um espaço de educação e de ensino de qualidade para se transformar em pesquisa de mercado. Isso rompe com a autonomia dos hospitais universitários, e o governo, até o momento, não propôs um debate acadêmico.
A empresa gestora dos hospitais universitários já atua em várias unidades no país, mas ainda não começou os trabalhos no Hospital do Fundão. Por meio da assessoria de imprensa, a Ebserh informou que é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Educação, constituída por recursos públicos e submetida ao controle dos órgãos públicos. Acrescentou que a Lei nº 12.550/2011, que determinou sua criação, assegura que as atividades de prestação de serviços de assistência à saúde realizadas nos hospitais universitários federais permanecerão inseridas integral e exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e seguirão as orientações da Política Nacional de Saúde, de responsabilidade do ministério. A assessoria diz ainda que seria errôneo falar em privatização da saúde.