Avenida Paulista, em São Paulo: os serviços na rede pública não foram interrompidos com a mobilização de hoje. (GettyImages/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 13h47.
São Paulo - Profissionais de saúde fizeram um ato hoje (11) em frente à Secretaria Estadual de Saúde, para reivindicar pautas específicas do setor no Dia Nacional de Luta, convocado pelas centrais sindicais.
A mobilização teve início por volta das 10h e seguiu até as 11h40, quando parte dos cerca de 200 manifestantes, segundo estimativa do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde em São Paulo (Sinedsaúde), seguiu para a Avenida Paulista, onde ocorre um ato unificado de todas as organizações que fazem, desde o início da manhã, atividades em diferentes locais da cidade.
Os serviços na rede pública não foram interrompidos com a mobilização de hoje. "Terminamos uma greve de 45 dias em junho, tanto os profissionais como os pacientes estão se ajustando. Por isso, decidimos não paralisar e fazer atos como este", explicou Angelo D'Agostini, diretor executivo do Sindsaúde.
Ele destacou que o reajuste salarial de 32% e a regulamentação da jornada de trabalho para 30 horas são as principais reivindicações da categoria. "Ainda temos cerca de 35% dos profissionais com carga horária maior", justificou. Está na pauta dos trabalhadores da saúde,
ainda, a luta por 10% do Orçamento da União para a saúde e contra a terceirização de unidades de saúde.
Um dos participantes do evento foi José Willis, que trabalha no setor de manutenção do Hospital das Clínicas há oito anos. Para ele, é importante lutar pelo reajuste salarial e pela redução da jornada de 40 para 30 horas semanais. José também é contra a terceirização do
setor. “Sou concursado, mas trabalho pelo regime da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]”, disse.
Suzana Vilar da Silva, auxiliar de enfermagem no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, e Vera Lúcia Cardoso Bento, oficial administrativa na Unidade Básica de Saúde (UBS) Sítio Mandaqui também participaram do ato. Elas lutam pela redução da jornada de trabalho e querem reajuste salarial para repor perdas, segundo elas, referentes a mais de 12 anos.