Greve de professores: mas o governo estadual já encaminhou a proposta que mantém o congelamento de salários do funcionalismo público (Gustavo Gargioni/Especial/Fotos Públicas/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2016 às 19h54.
Porto Alegre - Em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira, 13, os professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul decidiram iniciar uma greve da categoria.
A paralisação começa na segunda-feira, 16, e será por tempo indeterminado. O sindicato da classe, o CPERS, elaborou uma pauta de reivindicações que inclui aumento salarial imediato de 13,01%, referente a 2015, e mais 11,36%, referente a este ano.
Os professores também pedem que seja incluída previsão de reajuste salarial na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017.
Mas o governo estadual já encaminhou para a Assembleia Legislativa a proposta que mantém o congelamento de salários do funcionalismo público para o ano que vem, nos mesmos moldes do que ocorre este ano.
Além de exigir aumento, a categoria critica o descumprimento do piso nacional do magistério e o parcelamento de salários que atinge o funcionalismo público ligado ao poder Executivo gaúcho.
Em meio a uma crise fiscal que tem se agravado com o desaquecimento da economia, o governo do Rio Grande do Sul vem parcelando vencimentos desde ano passado. Em 2016, os servidores vinculados ao Executivo só receberam em dia no mês de janeiro.
De acordo com o governador, José Ivo Sartori (PMDB), a administração estadual tem feito o possível para priorizar os salários, mas o parcelamento se tornou inevitável com o baixo desempenho da arrecadação.
Após a realização da assembleia na capital gaúcha, os professores seguiram para o Palácio Piratini para apresentar as reivindicações ao governo.
No local, conseguiram marcar uma reunião para terça-feira entre o comando da greve e o secretário-adjunto de Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas - o titular da pasta, Vieira da Cunha, está em férias.
Ocupação
Cinco escolas estaduais estão ocupadas por alunos no RS. São quatro na capital e uma na cidade de Rio Grande, localizada no sul do Estado.
Os estudantes reivindicam melhorias como reformas nos prédios e aumento da verba para merenda, além de cobrarem que os salários dos professores não sejam mais parcelados.