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Professores acampam em frente a secretaria no Rio

Profissionais passaram a madrugada acampados após greve de 37 dias

Professores reivindicam reajuste salarial de 26%, (Tiffany Szerpicki/)

Professores reivindicam reajuste salarial de 26%, (Tiffany Szerpicki/)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 11h06.

Rio de Janeiro - Professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, em greve há 37 dias, passaram a madrugada acampados em frente à sede da Secretaria de Educação (Seeduc), no centro da capital fluminense. Eles pretendem permanecer no local até amanhã, quando está marcada uma nova reunião com os secretários estaduais de Educação, Wilson Risolia, de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy, e de Governo, Wilson Carlos.

Ontem, pouco mais de um mês após a invasão do Quartel Central do Corpo de Bombeiros do Rio por 431 militares, cerca de 100 professores ocuparam no início da tarde a sede da Seeduc. Houve confusão entre manifestantes e seguranças. Militares do Batalhão de Choque e do 5º BPM (Praça da Harmonia) chegaram a jogar spray de pimenta contra os professores.

"Os seguranças do prédio agrediram alguns professores. Depois que a porta de vidro foi quebrada, pessoas se acidentaram e senhoras foram jogadas ao chão. Estamos com aposentadas aqui, com os joelhos machucados", disse a coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), Vera Nepomuceno. "Não invadimos o prédio, apenas ocupamos o lugar, que é a nossa casa".

A Seeduc informou não ter conhecimento das agressões. A assessoria de imprensa da PM divulgou que a "utilização do spray de pimenta foi feita de acordo com as normas de utilização e respeitada a distância para o disparo. Nenhum manifestante ficou ferido gravemente e ninguém foi detido".

Os profissionais reivindicam reajuste salarial de 26%, incorporação imediata da gratificação "Nova Escola", prevista até 2015, e descongelamento do Plano de Carreira. Na semana passada, o governo aceitou incorporar as gratificações até 2012, mas a proposta foi rejeitada pelos manifestantes.

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