Senadora Kátia Abreu e deputado Aldo Rebelo também participaram da manifestação (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2011 às 15h16.
Brasília - Cerca de 15 mil produtores rurais de vários estados brasileiros fizeram hoje (5) uma manifestação em frente ao Congresso Nacional para pressionar pela aprovação da reforma do Código Florestal, que está em discussão na Câmara dos Deputados. Representantes do agronegócio defendem o texto apresentado pelo relator da proposta, o deputado Aldo Rebello (PCdoB- SP).
O projeto de lei foi aprovado no ano passado em uma comissão especial na Câmara. Polêmico, o texto foi alvo de contestações de ambientalistas, da comunidade científica e de movimentos sociais ligados à área rural.
Para a pequena produtora de Mato Grosso do Sul, Maria Andréia, o agricultor rural é considerado o “grande vilão” pelos ambientalistas. “Se a nova lei for aprovada quem já desmatou vai produzir em cima do que já tem, na área de 20% de reserva legal, e com isso não vai prejudicar o meio ambiente como eles estão dizendo e vai favorecer a todo mundo”, disse.
“Os maiores ambientalistas do país são os agricultores”, completou o deputado Vilson Covatti (PP-RS) que também estava presente na manifestação.
Segundo a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, a situação de insegurança jurídica prejudica as atividades no campo, por isso há a necessidade de regularização das áreas de plantio. “Os produtores podem produzir mais alimentos sem que seja preciso ocupar novas áreas, desde que a legislação ambiental seja modernizada”, declarou.
A mobilização durará o dia inteiro. O ponto alto está previsto para as 14h30 quando as alterações no Código Florestal serão discutidas em audiência pública na Comissão de Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.
Para o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, que participou da manifestação, o parlamentar que não votar a favor do código será considerado traidor.
Logo depois da audiência, os produtores devem dar um “abraço simbólico” no Congresso Nacional.