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Produção industrial cresce pelo 2o mês em outubro

A alta foi de 0,4 por cento em outubro ante setembro e de 2,1 por cento sobre igual mês de 2009

Produção da indústria superou as expectativas dos analistas (Germano Luders/EXAME)

Produção da indústria superou as expectativas dos analistas (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 10h55.

Rio de Janeiro - A produção da indústria brasileira subiu pelo segundo mês consecutivo em outubro, mas o ritmo do crescimento desacelerou no mês na comparação com o ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

A alta da produção industrial foi de 0,4 por cento em outubro ante setembro, e de 2,1 por cento sobre igual mês de 2009 --o 12o resultado positivo seguido ano a ano, mas o mais baixo do período nesta base de comparação. Em setembro, o índice tinha subido 6,3 por cento ante mesmo mês de 2009.

"São 12 meses de crescimento para a indústria em geral, porém esse 2,1 por cento de crescimento é o menor desse período de expansão da indústria como um todo", disse a jornalistas André Luiz Macedo, gerente da coordenação de indústria do IBGE.

Segundo ele, o avanço mais tímido das exportações, os estoques e paralisações ocorridas em determinados segmentos foram responsáveis por um "resultado bem moderado em termos da atividade industrial" em outubro.

O IBGE também revisou para cima nesta quinta-feira o dado de setembro em relação a agosto, de 0,2 por cento para variação positiva de 0,1 por cento.

Analistas consultados pela Reuters projetavam para outubro alta mês a mês de 0,6 por cento e avanço anual de 2,5 por cento.

Em outubro em relação a setembro, 12 setores tiveram aumento da atividade e 15 apuraram queda. Os destaques de alta foram Farmacêutica (4,9 por cento), Outros produtos químicos (2,9 por cento) e Veículos automotores (1,6 por cento).

Entre as categorias de uso, apenas a de bens de consumo duráveis teve aumento, de 2,8 por cento. Em bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis houve queda de 0,1 por cento em cada, enquanto em bens de capital houve recuo de 0,2 por cento.

Na comparação anual, 17 dos 27 setores apuraram aumento da atividade, com destaque para Veículos automotores (7,4 por cento), Máquinas e equipamentos (9,0 por cento) e Indústrias extrativas (8,6 por cento).

"Aqui fica bem configurado esse quadro de crescimento de perfil bem generalizado. No ano de 2010, o setor industrial se encontra num patamar próximo do seu mais elevado, contra um ano de 2009 em que o setor industrial ainda estava em recuperação após a crise internacional de 2008", disse Macedo.

Segundo o pesquisador, o ganho acumulado de 11,8 por cento de janeiro a outubro é recorde da série histórica desde 1991 para o período.

A produção de bens de capital teve o maior crescimento entre as categorias de uso, de 6 por cento, seguido por bens intermediários (3,2 por cento) e bens de consumo semi e não duráveis cresceu (1,5 por cento). Já a atividade de bens de consumo duráveis caiu, em 4,9 por cento.

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