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Procuradoria investiga Mantega por omissão na Casa da Moeda

A Procuradoria da República no Distrito Federal acatou representação de senadores da oposição e da base aliada e abriu apuração preliminar sobre o caso

O pedido foi instaurado na última quinta-feira (29), mas a notícia só foi divulgada hoje (2) (Ueslei Marcelino/Reuters)

O pedido foi instaurado na última quinta-feira (29), mas a notícia só foi divulgada hoje (2) (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h30.

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, será investigado por omissão no esquema de fraude comandado pelo ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci. A Procuradoria da República no Distrito Federal acatou representação de senadores da oposição e da base aliada e abriu apuração preliminar sobre o caso.

O pedido foi instaurado na última quinta-feira (29), mas a notícia só foi divulgada hoje (2). A investigação será conduzida pelo procurador Júlio Carlos Schwonke, titular do 3º Ofício de Patrimônio Público. O procedimento preparatório tem 90 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por igual prazo. Se os trabalhos não forem concluídos no prazo, o Ministério Público abrirá inquérito civil, que tem até um ano para ser concluído.

A investigação do ministro da Fazenda havia sido pedida pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Álvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Pedro Taques (PDT-MT), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). No último dia 16, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, havia encaminhado a representação à Procuradoria da República no Distrito Federal.

Exonerado da Casa da Moeda no fim de janeiro, Denucci ocupava o cargo desde 2008 e é acusado de operar um esquema de remessas ilegais de recursos para paraísos fiscais. O dinheiro viria de contratos de fornecedores de serviços à estatal, subordinada ao Ministério da Fazenda. Na ocasião, Mantega chegou a admitir ter tomado conhecimento das denúncias em 2010, mas considerado as acusações "sem fundamento".

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Fazenda não quis se pronunciar sobre o assunto.

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