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Procuradoria investiga se Loures furou fila para tornozeleira

O ex-assessor especial de Temer recebeu o equipamento em Goiás, onde há falta de peças para monitoramento

Rocha Loures: o ex-assessor deixou a prisão no sábado, 1º (Câmara dos Deputados/Divulgação)

Rocha Loures: o ex-assessor deixou a prisão no sábado, 1º (Câmara dos Deputados/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de julho de 2017 às 10h18.

Última atualização em 4 de julho de 2017 às 10h19.

O Ministério Público Federal em Goiás investiga se o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) furou a fila da tornozeleira eletrônica. O ex-assessor especial do presidente Michel Temer deixou a prisão no sábado, 1º, e pôs o equipamento em Goiás onde há falta de peças para monitoramento.

A Procuradoria da República "instaurou procedimento para apurar os fatos que levaram o custodiado Rodrigo Rocha Loures a receber tornozeleira eletrônica, possivelmente desrespeitando lista de espera".

Foram expedidos ofícios à Polícia Federal em Brasília e à Secretaria de Segurança Pública de Goiás para que respondam, em 10 dias, 'sobre o suposto déficit do equipamento citado e, se realmente há a lista de espera, qual a fundamentação para que o ex-deputado o tenha recebido de imediato'.

Relator da Operação Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin determinou o cumprimento de cautelares alternativas, entre elas o uso de tornozeleira e recolhimento domiciliar noturno (das 20 às 6 horas) e também aos sábados, domingos e feriados.

O ex-deputado também deve entregar seu passaporte em 48 horas, não pode deixar o País e está proibido de manter contato com investigados, réus ou testemunhas do caso JBS.

Loures, ex-assessor especial de Michel Temer, e o presidente foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O ex-deputado foi filmado em São Paulo após receber de um executivo do Grupo J&F - controlador da JBS -, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, uma mala com R$ 500 mil.

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