Dilma: ex-presidente da Andrade Gutierrez, mudou depoimento e disse que não houve doação eleitoral em forma de propina (./Reprodução)
Agência Brasil
Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 19h28.
A Procuradoria da República no Distrito Federal vai analisar se o empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, um dos delatores da Operação Lava Jato, cometeu o crime de falso testemunho em um dos depoimentos do processo sobre a chapa da campanha presidencial Dilma-Temer de 2014.
O pedido de investigação foi feito hoje (20) Ministério Público Eleitoral (MPE), que atua no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No dia 17 de novembro, Azevedo, que é ex-presidente da Andrade Gutierrez, mudou depoimento e disse que não houve doação eleitoral em forma de propina para a chapa de Dilma e Temer.
Na audiência, Azevedo retificou depoimento prestado anteriormente no qual confirmou os repasses em forma de propina para os comitês da ex-presidenta Dilma e do então vice, Michel Temer.
O delator foi chamado a depor novamento na Justiça Eleitoral por determinação do ministro Herman Benjamim, que atendeu pedido feito pelos advogados da campanha de Dilma.
Em dezembro de 2014, as contas da campanha de Dilma e do então vice-presidente Michel Temer foram aprovadas, por unanimidade, no TSE.
No entanto, o PSDB questionou a aprovação por avaliar que havia irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, como doações suspeitas de empreiteiras. Conforme entendimento atual do tribunal, a prestação contábil da chapa é julgada em conjunto.