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Procuradores publicam manifesto em defesa da igualdade de gênero

Documento também pontua que é dever do Estado brasileiro defender todas as formas de famílias

Cerca de 200 procuradores da República divulgaram um documento em que destacam que a equidade de gêneros constitui expressão da cidadania e dignidade humana (Nito100/Getty Images)

Cerca de 200 procuradores da República divulgaram um documento em que destacam que a equidade de gêneros constitui expressão da cidadania e dignidade humana (Nito100/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 10h03.

Cerca de 200 procuradores da República divulgaram um documento em que destacam que a equidade de gêneros constitui expressão da cidadania e dignidade humana. A Carta de Trancoso foi produzida durante o 35º Encontro Nacional das Procuradoras e dos Procuradores da República (ENPR), em Trancoso (BA), entre os dias 31 e 4 de novembro, que discutiu o papel do Ministério Público Federal na promoção da igualdade de gênero no Brasil.

"A atuação do Ministério Público Federal é essencial para a promoção dos princípios e regras de direitos humanos previstos na Constituição e em convenções e tratados dos quais o Brasil é signatário", diz o documento.

A carta ressalta que o MPF "rechaça toda forma de intolerância, violência, discriminação e discurso de ódio, reafirmando seu compromisso com uma sociedade plural e sem preconceito em que sejam respeitados todos os direitos fundamentais de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e pessoas intersexuais". O documento também pontua que é dever do Estado brasileiro defender todas as formas de famílias, "segundo uma visão inclusiva e plural, expressão direta da dignidade da pessoa humana".

Além disso, a carta prevê uma maior participação das mulheres nos espaços de poder do próprio órgão. A Carta de Trancoso diz que, independentemente da regulamentação do tema, é importante garantir uma participação igualitária das mulheres em palestras, conferências e foros, nacionais ou internacionais, forças-tarefa, grupos de trabalho, assessorias jurídicas e administrativas, chefias, comissões e coordenações, em nome da instituição e da Associação Nacional dos Procuradores da República, "para evitar o viés de grupo".

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