Brasil

Procuradora do Panamá investiga Odebrecht

Foi apresentada uma denúncia com base em uma notícia de jornal do Brasil


	A Odebrecht é a principal construtora no Panamá, onde está há 10 anos fazendo obras de grandes infraestruturas e onde criou cerca de 11 mil postos de trabalho
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

A Odebrecht é a principal construtora no Panamá, onde está há 10 anos fazendo obras de grandes infraestruturas e onde criou cerca de 11 mil postos de trabalho (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 13h44.

Panamá - A procuradora geral da Nação no Panamá, Quênia Porcell, disse nesta terça-feira à Agência Efe que seu escritório investiga a Odebrecht por um denúncia que foi apresentada e teve como prova "um recorte de uma notícia de jornal do Brasil".

"Foi apresentada uma denúncia e minha função é iniciar uma investigação", explicou Porcell, sem detalhar que seu escritório tinha recebido "uma denúncia na qual foram fornecidas cópias sobre uma matéria de jornal do Brasil sobre a situação da Odebrecht".

Essa denúncia foi entregue "à Secretaria-Geral da Procuradoria e a última informação que tenho é que se já não foi aberta a investigação, está para ser aberta com base nessa denúncia que foi apresentada, não pelo ocorrido lá (Brasil)", se limitou a dizer Porcell.

A Odebrecht é a principal construtora no Panamá, onde está há 10 anos fazendo obras de grandes infraestruturas e onde criou cerca de 11 mil postos de trabalho, mais de 90% mão de obra local.

Na semana passada, os presidentes da Odebrecht e Andrade Gutiérrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, respectivamente, foram detidos porque sabiam que supostamente essas empresas comandavam o cartel que fraudava contratos da Petrobras.

Esta é a primeira vez que é apresentada uma denúncia contra a Odebrecht no Panamá ou em alguns dos muitos países onde realiza projetos fora do Brasil.

Cerca de 70% do faturamento da Odebrecht é proveniente de operações fora do Brasil, em processo de internacionalização que a levou a 20 países, entre eles Estados Unidos, onde se transformou em líder na fabricação de resinas de polipropileno. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEmpresasEmpresas brasileirasIrregularidadesJustiçaNovonor (ex-Odebrecht)Panamá

Mais de Brasil

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados