Brasil

Primeiro-ministro da Alemanha confirma visita a Lula em janeiro

A data já tinha sido antecipada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas, até ontem, não era confirmada por fontes diplomáticas alemãs

Olaf Scholz: importante parceiro comercial brasileiro, a Alemanha tem manifestado interesse em uma reaproximação política com o Brasil (Michael Sohn/Reuters)

Olaf Scholz: importante parceiro comercial brasileiro, a Alemanha tem manifestado interesse em uma reaproximação política com o Brasil (Michael Sohn/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de janeiro de 2023 às 11h44.

Última atualização em 20 de janeiro de 2023 às 13h10.

O embaixador alemão no Brasil, Heiko Thoms, confirmou nesta sexta-feira, 20, que o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, visitará o Brasil no próximo dia 30. A data já tinha sido antecipada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas, até ontem, não era confirmada por fontes diplomáticas alemãs.

“O chanceler da Alemanha acabou de confirmar a sua vinda ao Brasil no dia 30 de janeiro", escreveu o embaixador em sua conta no Twitter.

Para Thoms, a visita de Scholz, a segunda de uma autoridade alemã em menos de um mês, é um “sinal de fortalecimento da cooperação” entre os dois países.

Conforme a Agência Brasil noticiou ontem, 19, o chanceler alemão viajará acompanhado por outros ministros e por representantes de grandes empresas alemãs.

Importante parceiro comercial brasileiro, a Alemanha tem manifestado interesse em uma reaproximação política com o Brasil, com a possibilidade inclusive de destinar mais recursos financeiros para custear projetos e ações de preservação ambiental desenvolvidos no país, principalmente na Amazônia.

No começo de janeiro, quando o presidente Frank-Walter Steinmeier veio ao Brasil para prestigiar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Alemanha anunciou o desbloqueio de € 35 milhões destinados ao Fundo Amazônia, a título de compensação pela redução do desmatamento no bioma amazônico durante o ano de 2017.

Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Os recursos são usados para financiar projetos de redução do desmatamento e a fiscalização do bioma. Por razões políticas, o mecanismo chegou a ser paralisado durante a gestão Jair Bolsonaro.

No início de novembro passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo brasileiro reativasse o fundo em até 60 dias. A medida foi cumprida na atual gestão. Em seu primeiro dia à frente do Poder Executivo, Lula assinou o Decreto nº 11.368, autorizando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a voltar a captar doações financeiras para o Fundo Amazônia.

Além da área ambiental, Lula e Scholz, que é, de fato, quem comanda politicamente a Alemanha, também devem tratar de formas de ampliar as relações comerciais entre os dois países e o crescimento da extrema-direita em vários países. Ontem, durante a entrevista à GloboNews, Lula disser querer conversar com o chanceler alemão sobre como a extrema-direita vem crescendo na Europa e no mundo.

No último dia 9, o primeiro-ministro alemão usou o Twitter para condenar a invasão e a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida na véspera, em Brasília.

“Imagens terríveis nos chegam do Brasil. Os ataques violentos contra as instituições democráticas são um atentado à democracia que não pode ser tolerado. Estamos profundamente solidários com o presidente Lula e com o povo brasileiro”, escreveu o social-democrata alemão que, além do Brasil, deve visitar outros países da região.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAmazôniaLuiz Inácio Lula da SilvaOlaf Scholz

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022