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PRF registra interrupção de rodovias por caminhoneiros em 17 estados

Os motoristas protestam em todo o país pela retirada dos encargos tributários sobre o óleo diesel

Caminhoneiros: Estados com maior número de bloqueios feitos pelos motoristas eram Paraná (19), Bahia (14), Minas Gerais (14) e Goiás (10). (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Caminhoneiros: Estados com maior número de bloqueios feitos pelos motoristas eram Paraná (19), Bahia (14), Minas Gerais (14) e Goiás (10). (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2018 às 17h40.

Última atualização em 21 de maio de 2018 às 18h03.

São Paulo - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou bloqueios de caminhoneiros em 17 Estados na tarde desta segunda-feira, 21. Os motoristas protestam em todo o País pela retirada dos encargos tributários sobre o óleo diesel. Segundo a PRF, até as 16h30 as regiões com mais interdições eram o Sul e o Centro-Oeste.

Os Estados com maior número de bloqueios eram Paraná (19), Bahia (14), Minas Gerais (14) e Goiás (10). A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) também divulgou balanço em que registrava manifestações nos mesmos 17 Estados, destacando ainda atos no entorno do Distrito Federal.

Na contagem da Abcam, o Estado com maior número de paralisações é Minas Gerais, com 15, seguido da Bahia (13), do Rio de Janeiro (11) e de Santa Catarina (10).

A Abcam pede que o governo zere a carga tributária que incide sobre o óleo diesel. Também cobra a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a receita decorrente da venda interna de óleo diesel ao transportador autônomo de cargas.

Associações que representam o setor produtivo, como a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), se mostraram preocupadas com o efeito da paralisação no escoamento da soja.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) disse que ainda é cedo para traçar potenciais prejuízos, mas destacou estar monitorando os protestos.

No Porto de Santos, caminhoneiros protestaram, mas a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) disse que o ato era pacífico, sem bloqueio à entrada de caminhões cujos motoristas queriam seguir.

O protesto começou na madrugada desta segunda-feira, e não houve interrupção no acesso ao porto. O único incidente ocorreu em acesso no município de Guarujá (SP), onde uma carreta foi desatrelada e atrapalhou o fluxo da via urbana até a região portuária. A Codesp, no entanto, disse não saber se havia relação com o protesto.

No Porto de Paranaguá, bloqueio na BR-277 impede a entrada das cargas, conforme a Administração do Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Caminhoneiros interditam desde as 6h meia pista no km 6 da rodovia, no município de Paranaguá, segundo informações da PRF do Paraná.

O pátio de triagem do porto tinha baixa ocupação de caminhões no início da tarde desta segunda-feira, com cerca de 900 vagas livres, das 1.200 disponíveis. Segundo a Appa, em torno de 1.400 caminhões de transporte de grãos estavam programados no sistema de agendamento do porto para chegar a Paranaguá até o início da tarde, e o número de veículos que estavam agendados e não deram entrada no porto foi de 1.067.

A administração informou, contudo, que os terminais graneleiros estão com sua capacidade máxima de armazenamento ocupada, e a paralisação ainda não tem efeito sobre o carregamento dos navios.

Em Mato Grosso, Estado que lidera a produção de grãos do País, caminhoneiros bloqueavam no início da tarde a BR-364 no km 398 sentido sul, no Distrito Industrial de Cuiabá, informou a concessionária Rota do Oeste.

A manifestação começou às 7h12 do horário de Mato Grosso (8h12 de Brasília), foi interrompida ao meio-dia e retomada no começo da tarde. Outro trecho da rodovia chegou a ser bloqueado no trevo do Lagarto, km 435, em Várzea Grande, entre as 11h46 e às 14h40 (12h46 e 15h40 de Brasília).

Segundo a Rota do Oeste, está liberada a passagem de veículos de passeio, ambulâncias e veículos de carga que transportam carga viva e perecíveis. A previsão é de que a rodovia seja liberada às 18h, segundo a Rota do Oeste.

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