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Previstas para a Copa, obras ficam só para 2016

O atraso atinge, sobretudo, os empreendimentos de mobilidade, que foram "vendidos" à população como o principal legado dos grandes eventos


	Obras: gestores culpam licenciamento ambiental, desapropriações e interferências em redes públicas de saneamento e energia pela demora
 (Jonne Roriz/EXAME)

Obras: gestores culpam licenciamento ambiental, desapropriações e interferências em redes públicas de saneamento e energia pela demora (Jonne Roriz/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2014 às 09h53.

Brasília - A Copa do Mundo já passou, mas há um conjunto de obras prometidas ainda para o Mundial que só ficará pronto, com sorte, para a Olimpíada de 2016. Algumas das obras selecionadas em levantamento feito pela reportagem, cujos investimentos somam R$ 3,2 bilhões, não têm nem data para a conclusão.

Outras foram abandonadas no meio do caminho pelas construtoras. O atraso atinge, sobretudo, os empreendimentos de mobilidade, que foram "vendidos" à população como o principal legado dos grandes eventos.

Os dados globais de gastos com a Copa, reunidos pela Controladoria-Geral da União (CGU), confirmam a lentidão governamental. O órgão monitora o andamento de 324 ações voltadas ao Mundial, entre obras e programas como o de segurança e informação ao turista.

No conjunto, elas somam R$ 25,4 bilhões. Mas, até setembro, haviam sido desembolsados R$ 17,1 bilhões - ou 67,3% do total. A diferença refere-se, principalmente, a obras ainda não concluídas.

De maneira geral, os gestores culpam o processo de licenciamento ambiental, as desapropriações e as interferências em redes públicas de saneamento e energia pela demora na conclusão das obras. Outra queixa comum são as dificuldades em obter liberação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Há indefinição também quanto à conclusão das obras nos aeroportos de Manaus e Cuiabá. O cronograma está sendo redefinido, segundo informou a Infraero. Isso porque as obras precisaram ser suspensas durante a Copa, o que jogou os prazos de conclusão para frente.

Segundo a estatal, pode haver aditivos de prazo e também de preço.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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