Jair Bolsonaro: presidente voltou a defender a aprovação da proposta de reforma da Previdência, afirmando que é o único caminho a ser trilhado para recuperar a economia brasileira (Alan Santos/PR/Flickr)
Reuters
Publicado em 13 de junho de 2019 às 11h25.
Última atualização em 13 de junho de 2019 às 12h44.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quinta-feira, 13, que quer que se "desidrate o menos possível" a proposta da reforma da Previdência, mas ponderou também que o Executivo não é "dono das leis". A comissão especial da reforma da Previdência está reunida neste momento para a leitura do relatório da proposta que altera as regras da aposentadoria no Brasil.
"A gente quer que desidrate o menos possível, queremos aprovar a reforma da previdência. O que o parlamento fizer, nós obviamente acataremos e é sinal que eles descobriram que têm coisas que podem ser alteradas e vamos aceitar", respondeu Bolsonaro à imprensa.
Bolsonaro comentou que gostaria que o sistema de capitalização fosse mantido e que o governo irá atuar nesse sentido, e disse também parecer ser uma "tendência" que Estados e municípios fiquem de fora do texto. Sobre essa questão, o presidente avaliou que, se esse for o "sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles".
"E a economia que o Paulo Guedes fala é no tocante ao federal. Nos Estados, eles sabem onde o calo aperta, e os municípios também. E a maioria está com problemas, vão ter que fazer uma reforma, poderiam somar-se à nossa, mas parece que não querem. Se esse é o sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles", comentou o presidente.
Foi ao falar sobre o sistema de capitalização que Bolsonaro considerou que o governo "não é dono das leis". "Capitalização é outra coisa, nós apresentamos a nossa proposta. Nós não somos os donos da leis. Mesmo Medida Provisória. que tem efeito imediato. depois de algum tempo ela pode ser alterada e ser rejeitada. Gostaríamos que fosse mantida a capitalização e vamos lutar nesse sentido", disse.