Deputado federal Silvio Torres, o senador Aloysio Nunes, vereador Mario Covas Neto e o deputado estadual Fernando Capez estiveram na apresentação de João Doria Jr. como pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB (Raphael Martins/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2016 às 15h30.
São Paulo - O processo de prévias que definirá o candidato do PSDB à prefeitura de SP já registrou casos de agressão e até mesmo de invasão a um dos locais de votação, o que resultou em uma urna quebrada.
O diretório zonal do Tatuapé foi invadido por um grupo de pessoas não identificadas que quebrou um computador onde estava sendo feita a votação. Houve confusão generalizada e a política militar foi acionada. A votação foi encerrada antes da hora naquele local e a urna com os votos de papel teve que retirada sob escoltada de soldados da polícia civil.
"A confusão começou quando coloquei em ata que estavam fazendo um churrasco e bebendo cerveja dentro do local da votação. Começou então a confusão e um grupo de pessoas ameaçou me arrebentar. De repente, três menores entraram junto com um militante do partido e quebraram o computador", disse a presidente do diretório do Tatuapé, Vânia Alves, que apoia o deputado Ricardo Tripoli, um dos pré-candidatos que concorre nas prévias.
Já Maria de Lurdes Silva, militante histórica do PSDB no Tatuapé e apoiadora de João Doria, acusa o grupo do deputado Ricardo Tripoli de ter começado a confusão. "Foi o grupo dele que invadiu aqui", afirmou ela.
Também houve registros de confusão em outros locais onde ocorrem as prévias tucanas.
A votação das prévias do PSDB será encerrada às 16 horas e a previsão é de que o resultado saia até as 18 horas. A disputa interna levou o partido a um clima de acirramento inédito na história da legenda na capital de São Paulo. Disputam a vaga de candidato à prefeitura, além de Tripoli, o empresário João Dória e o vereador Andrea Matarazzo.
Enquanto Dória é apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, Matarazzo conta com o aval do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira. Tripoli, por sua vez, conta com a retaguarda do deputado Bruno Covas e do ex-deputado José Anibal. Caso nenhum dos três consiga maioria simples no pleito deste domingo, haverá segundo turno no dia 20 de março.