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Pressionado por Bolsonaro, Paulo Guedes falta a eventos

Economista foi pressionado por Bolsonaro a reduzir atividades eleitorais depois de se declarar favorável à recriação de imposto nos moldes da antiga CPMF

O economista Paulo Guedes (Sergio Moraes/Reuters)

O economista Paulo Guedes (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de setembro de 2018 às 12h10.

São Paulo - Depois de desistir de uma palestra no banco Credit Suisse, na quinta-feira, o economista Paulo Guedes, responsável pelo plano econômico de Jair Bolsonaro (PSL), cancelou ontem presença em mais dois eventos. Guedes faria uma apresentação do plano econômico do candidato, pela manhã, na Câmara Americana de Comércio (Amcham). À tarde, participaria de congresso realizado pela XP Investimentos, ambos em São Paulo.

Guedes foi pressionado por Bolsonaro a reduzir suas atividades eleitorais, em virtude do desgaste provocado por declarações do economista em favor da recriação de imposto nos moldes da antiga CPMF.

Bolsonaro voltou a usar ontem sua página no Twitter para dizer que é contra a proposta. "Votei pela revogação da CPMF na Câmara dos Deputados e nunca cogitei sua volta. Nossa equipe econômica sempre descartou qualquer aumento de impostos. Quem espalha isso é mentiroso e irresponsável. Livre mercado e menos impostos é o meu lema na campanha", escreveu o candidato, que continua internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Na Amcham, Guedes era esperado por cerca de 200 empresários e presidentes de empresas filiadas à entidade. Por volta das 8h40, ele informou à organização do evento que não iria. O motivo do cancelamento não foi divulgado. Já participaram de debates na Amcham os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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