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Presos na Espanha brasileiros acusados de exploração sexual

Segundo a Guarda Civil espanhola, o grupo atraía mulheres em regiões pobres do Brasil e da República Dominicana com falsas promessas de trabalho na Espanha

Nos bordéis, as vítimas trabalhavam cerca de 12 horas seguidas diárias, chegando a fazer apenas uma refeição ao dia (Greg Wood/AFP)

Nos bordéis, as vítimas trabalhavam cerca de 12 horas seguidas diárias, chegando a fazer apenas uma refeição ao dia (Greg Wood/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 12h51.

Pamplona - Um total de 13 homens, sendo cinco brasileiros e três dominicanos, foram detidos por sua suposta participação em uma rede internacional de exploração sexual na Espanha que utilizava mulheres do Brasil e da República Dominicana.

As mulheres eram atraídas em regiões pobres do Brasil e da República Dominicana com falsas promessas de trabalho na Espanha, onde chegavam de avião como turistas, informou nesta sexta-feira a Guarda Civil espanhola.

Depois de desembarcarem no país, as mulheres eram exploradas sexualmente em bordéis da região de Navarra (norte), nos quais também era permitido o consumo de cocaína, segundo as fontes.

Os detidos, com idades entre 23 e 59 anos, são cinco brasileiros, três dominicanos e cinco espanhóis. Outras seis pessoas foram acusadas por seu suposto envolvimento na rede.

Nas operações policiais, foi descoberto na residência de um dos detidos um laboratório clandestino para adulterar e distribuir cocaína.

Os integrantes da rede também favoreciam os casamentos das mulheres com cidadãos espanhóis, aos quais pagavam um mínimo de 1,5 mil euros para evitar que fossem deportadas por sua situação irregular.

Nos clubes, as vítimas trabalhavam cerca de 12 horas seguidas diárias, chegando a fazer apenas uma refeição ao dia, e tinham que cumprir regras rigorosas, caso contrário eram multadas. 

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